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Estado de Minas

Duas mortes de bebês com microcefalia são investigadas em Minas

Outros 18 casos da malformação, que podem estar relacionados ao vírus Zika, também são investigados no estado. No Brasil, as suspeitas já beiram 3 mil


postado em 29/12/2015 18:00 / atualizado em 29/12/2015 18:55

Duas mortes de bebês que nasceram com microcefalia em Minas já são investigadas pelo Ministério da Saúde, devido à suspeita de a malformação estar ligada ao vírus Zika, transmitido pelo mosquito Aedes aegypti. Além dos dois óbitos, 18 casos são investigados no estado. Os dados foram divulgados nesta terça-feira pelo Ministério da Saúde – conforme o boletim da última semana, apenas uma morte era investigada.

No total, os 20 casos suspeitos investigados no estado estão concentrados em 14 municípios, que não serão divulgados, segundo a Secretaria de Estado de Saúde, por questão de privacidade às famílias.

No boletim divulgado hoje, o Ministério da Saúde informa que o número de casos investigados em Minas caiu. De fato, conforme o boletim divulgado na última terça-feira (o Ministério da Saúde atualiza os dados todas as semanas), estavam sendo apurados em Minas 52 casos, em 33 municípios.


200 CASOS EM UMA SEMANA
Enquanto isso, em todo o país, o número de casos suspeitos em relação à semana passada aumentou em quase 200 e já beira os 3 mil. De acordo com os dados divulgados nesta terça-feira, o número de crianças com suspeita de microcefalia no país aumentou para 2.975. No balanço anterior, eram 2.782. A pasta também investiga a morte de 40 bebês com suspeita de terem a malformação devido ao vírus Zika.

Os dados são de registros feitos até o último 26 de dezembro. As suspeitas estão em 656 municípios de 19 estados e do Distrito Federal.

Ainda de acordo com o novo boletim, Pernambuco, primeiro estado a identificar o aumento de casos de microcefalia no país, continua no topo da lista, com 1.153 casos em investigação, o que representa 38,76% das suspeitas em todo o país. Em seguida, estão os estados da Paraíba (476), Bahia (271), do Rio Grande do Norte (154), de Sergipe (146), do Ceará (134), de Alagoas (129), do Maranhão (94) e Piauí (51).

Transmitido pelo Aedes aegypti, o vírus Zika começou a circular no Brasil em 2014, mas só teve os primeiros registros feitos pelo Ministério da Saúde em maio de 2015. O que se sabia sobre a doença, até o segundo semestre deste ano, era que sua evolução é benigna e que os sintomas são mais leves do que os da dengue e da febre chikungunya, também transmitidas pelo mesmo mosquito.

Porém, no último 28 de novembro, o Ministério da Saúde confirmou que, quando gestantes são infectadas por esse vírus, podem gerar crianças com microcefalia, uma malformação irreversível do cérebro, que pode ser associada a danos mentais, visuais e auditivos.

A microcefalia não é uma malformação nova, é sintoma de algum problema no organismo da gestante e do bebê, e pode ter diversas origens, como infecção por toxoplasmose, pelo citomegalovírus e agora ficou confirmado que também pelo vírus Zika. O uso de álcool e drogas durante a gravidez também pode levar a essa condição.


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