O novo aumento de passagens de ônibus de Belo Horizonte, que entra em vigor no próximo domingo, promete mais uma batalha judicial. O promotor Eduardo Nepomuceno, da Promotoria de Justiça de Defesa do Patrimônio Público, pretende entrar com um pedido de suspensão do reajuste de 8,82%. Para ele, a prefeitura não podia levar em conta a inflação nos últimos 12 meses, pois aconteceu um outro aumento neste período. Movimentos sociais se mobilizam para realizar protestos na capital mineira.
''Já havíamos entrado com ação em dezembro em caráter preventivo. O reajuste teria que acontecer, mas queríamos que não considerasse a inflação dos 12 meses porque já houve um aumento da passagem no meio do ano. Como o aumento ocorreu sem que a liminar tenha sido deferida, nosso objetivo agora é readequar o pedido para que o reajuste de agora seja suspenso e seja observado o critério de não considerar os 12 meses para cálculo do índice.Vamos tentar entrar antes do reajuste de domingo, mesmo estando em regime de plantão'', explicou o promotor.
A ação comentada pelo promotor foi impetrada em 14 de dezembro.
A Defensoria Pública de Minas Gerais tenta, desde o meio do ano, evitar os aumentos das tarifas de ônibus. Somente em pouco mais de um ano, as passagens foram reajustadas três vezes. O órgão conseguiu suspender a medida por duas vezes. Porém, a prefeitura conseguiu reverter a decisão. A última movimentação judicial aconteceu em novembro. A Defensoria entrou com um agravo para tentar reverter a situação antes do aumento anunciado nessa quarta-feira.
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Reajuste
A partir do próximo domingo, as linhas perimetrais, diametrais, semi-expressas e também do Move, passarão para R$3,70, assim como a integração com o metrô. As linhas circulares e alimentadoras (ônibus na cor amarela) passam para R$2,65, as linhas de vilas e favelas (microônibus na cor amarela), para R$0,85, linha Executiva SE01(Savassi/Cid. Administrativa), R$ R$6,90 e linha Executiva SE02(Buritis/Savassi): R$5,55.