Na noite desta segunda-feira, véspera de completar dois meses da tragédia decorrente do rompimento da Barragem do Fundão, em Mariana, na Região Central de Minas, acontece a primeira reunião do conselho que discutirá a utilização do dinheiro recebido em doações para os atingidos pelo desastre. Ainda com uma série de problemas a serem resolvidos, as famílias que perderam praticamente tudo em 5 de novembro tiveram uma boa notícia. As doações em dinheiro, recebidas por meio de contas bancárias da Prefeitura de Mariana, somaram R$ 1 milhão.
Em dezembro, o Estado de Minas publicou reportagem informando uma das propostas para o dinheiro. A ideia de alguns representantes dos moradores era que a contribuição deveria ser utilizada para a criação de um fundo, para depositar uma quantia no nome de cada criança das áreas atingidas numa caderneta de poupança. O valor só poderá ser usado, para pagar os estudos, quando o menino ou menina completar 18 anos.
À época, fontes ligadas ao prefeito Duarte Júnior informaram que ele também é partidário dessa ideia de beneficiar a infância. Conforme levantamento, o número é de 300 crianças.
Para administrar o dinheiro, que ainda não foi tocado por qualquer instituição, foi editado o Decreto Municipal 8.059, de 18/11/2015, definindo um conselho formado por dois representantes das comunidades, da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Arquidiocese de Mariana, Associação Comercial e prefeitura. Em 4 de janeiro, o grupo vai se reunir pela primeira vez, desde a criação da conta pela campanha SOS Mariana, para estudar o uso social dessa contribuição. (Com informações de Gustavo Werneck)