Um garimpeiro morreu na tarde desta terça-feira ao ser atacado por um tamanduá. De acordo com o Corpo de Bombeiros, José Martins Rodrigues de Souza, de 54 anos, sofreu o ataque quando foi atrás de de um grupo de cães: de acordo com familiares da vítima, os animais dele estavam agitados, no meio na mata na zona rural de Diamantina, na Região do Vale do Jequitinhonha. A vítima teve ferimentos na perna e uma artéria foi comprometida. O helicóptero da corporação foi ao local para fazer o socorro, mas os médicos constataram a morte.
O ataque do tamanduá ocorreu em um local de mata fechada. Souza sofreu ferimentos nos braços e nas pernas. As garras do animal acabaram atingindo a artéria poplítea – que conduz o sangue da articulação do joelho e músculos na coxa e da porção posterior da panturrilha ao coração – o que provocou o sangramento que levou à morte do garimpeiro.
Militares do Pelotão de Diamantina se deslocaram e demoraram aproximadamente uma hora e meia para chegar até a vítima, devido às dificuldades do terreno acidentado. O helicóptero da corporação foi acionado em decorrência da gravidade dos ferimentos em uma das pernas da vítima. O estado de saúde piorou e quando os médicos chegaram, as manobras de ressuscitação foram em vão.
Não foi possível identificar a espécie do animal. O mamífero, apesar da aparência dócil, é agressivo, segundo o diretor da Escola de Veterinária da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Renato de Lima Santos. “Ele tem garras muito bem desenvolvidas e neste aspecto é uma espécie bastante agressiva. Quando está ameaçado, pode dar uma espécie de abraço no agressor e, ao fazer isso, provocar lesões com essas garras”, explica.
O tamanduá costuma viver em matas de cerrado, muito comuns em Minas Gerais. “É um animal silvestre com ampla distribuição no Brasil. Ele vive em toda região de cerrado, que inclui a maior parte do estado de Minas Gerais”, afirma Santos. .