“O Mateus fez contato hoje cedo com a gente por telefone. Ele pediu um telefone emprestado a uma passageira no Aeroporto de Porto Seguro, dizendo que estava lá sem dinheiro, sem nada, só com a identidade, e se a gente dava uma passagem para ele voltar para BH”, conta a mãe do artesão, a instrutora de ioga Jurema Gervason Marco Borges. Ela e o marido já estavam em Governador Valadares, no Vale do Rio Doce, a caminho da Bahia, quando o jovem ligou a cobrar para o pai.
Ao saber da notícia, amigos da família que estão em Porto Seguro se ofereceram para apoiar o rapaz no aeroporto. Eles pagaram um lanche para Mateus e conseguiram embarcá-lo em um voo de volta para Minas. Jurema disse que o jovem aparenta ainda estar confuso. A princípio, ele diz ter sido roubado e que dormiu em uma praia.
O estudante Pedro Borges, irmão de Mateus, disse ontem que o rapaz embarcou em 26 de dezembro para a Bahia, para participar do festival de música eletrônica Universo Paralelo. A viagem foi organizada por uma empresa de excursões de BH. “Eram cerca de 100 pessoas em dois ônibus, que partiram de BH para o festival na Praia de Pratigi, de 27 de dezembro a 4 de janeiro. Por telefone, em contato com um funcionário de um estacionamento lá na Bahia, ficamos sabendo que ele parecia ter surtado e não queria voltar. Acabou convencido pelo pessoal da excursão a embarcar, mas desceu no meio da viagem”, explicou Pedro.
O festival Universo Paralello, do qual o artesão foi participar, já está em sua 13º edição e reúne cerca de 2 mil pessoas. O evento teve início há 15 anos como uma pequena festa de réveillon na Chapada dos Veadeiros. Depois de três edições, se transferiu para o litoral baiano
Com informações de Landercy Hemerson.