O aumento de número de casos de dengue em Ubá, na Região da Zona da Mata mineira, fez o prefeito decretar situação excepcional de emergência. Pelo menos outras duas cidades, entre elas Belo Horizonte, tomaram a mesma medida para tentar acabar com os fogos do mosquito Aedes aegypti, que além de dengue transmite chikungunya e zika vírus. Com o decreto, o município poderá acelerar a contratações e aquisição de maquinários sem licitações.
Com o decreto, a prefeitura vai poder fazer a contratação temporária de pessoal para a função de agentes de combate de endemias. Os funcionários vão fazer o serviço de combate e prevenção, vistorias e detecção de locais suspeitos. Os serviços da Secretaria Municipal de Saúde, entre eles, médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem e agentes comunitários, poderão ser utilizados para as ações.
Nesta quarta-feira, Cláudio, no Centro-Oeste de Minas, também decretou situação de emergência devido ao alto número casos notificados de dengue. A Secretaria Municipal de Saúde registrou nas quatro últimas semanas 202 notificações da doença, que ainda estão em análise em laboratório. Até 26 dezembro de 2015, o município, que tem cerca de 28 mil habitantes, somou 719 casos notificados, sendo 149 confirmações, contra 100 registros, sendo 78 confirmados, em 2014. Com o decreto, a prefeitura vai agilizar a contratação de 10 agentes epidemiológicos, número que pode aumentar de acordo a necessidade do município.
Em 23 de dezembro do ano passado, o prefeito Marcio Lacerda decretou estado de emergência em Belo Horizonte devido à infestação do mosquito Aedes aegypti. O decreto tem validade de 180 dias.
Casos em MG
Minas Gerais registrou em 2015 o segundo maior número de casos prováveis de dengue dos últimos quatro anos. Nos últimos 12 meses, foram 189.602 notificações, que envolvem confirmações e suspeitas da doença. O número só ficou abaixo de 2013, quando foram registrados 414.593 notificações. Em 2012, foram 31.670. No período, 67 pessoas morreram por causa da doença. Neste ano, as autoridades também estão em alerta por causa de outras enfermidades transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti. No ano passado, foram registrados sete casos de febre chikungunya. Nenhum caso de zika vírus foi confirmado, mas 20 ainda seguem em investigação.