Os blocos optaram por formas alternativas de arrecadar dinheiro para custear a folia. No dia 23, cinco deles (Então, Brilha!, Pena de Pavão de Krishna, Juventude Bronzeada, Tchanzinho Zona Norte e Baianas Ozadas) realizarão a Sonoriza – financiamento Carnaval festivo, festa conjunta para arrecadar fundos para serem investidos no som. “Não privatizaremos o Carnaval do Tchanzinho. Não vamos vender a imagem do bloco para nenhum patrocinador”, atesta uma das fundadoras Laila Heringer Costa, de 32. O bloco conta com a colaboração dos integrantes e dos familiares e com a venda de camisas.
O Alcova Libertina criou uma campanha de financiamento coletivo com o objetivo de arrecadar cerca de R$ 25 mil. “Gastamos muito fazendo o Carnaval. É inviável arcar com os custos.
Os recursos serão usados para melhorar a estrutura de som, pagar produção e figurino dos integrantes do grupo. Foi criada uma página onde as doações podem ser feitas. Os valores variam de R$ 20 a R$ 200. Cada doação dá direito a brindes como bottons, camisetas, canecas e o vídeo do desfile. Os foliões que queiram colaborar podem acessar a página www.benfeitoria.com/blocodaalcova2016. No site, o grupo mostra em que cada real será investido. Um mar de 60 mil pessoas acompanhou o bloco que desfilou na Avenida dos Andradas no ano passado e se caracteriza por tocar rock in roll.
Se o financiamento conta com soluções caseiras, o fechamento das ruas para que os blocos desfilem tem sido um problema recorrente. No ano passado, a saída do desfile do Baianas Ozadas atrasou três horas, porque o trânsito não foi completamente fechado na Avenida João Pinheiro e nas ruas próximas. O bloco se concentra, às 10h da segunda-feira de Carnaval, na Praça da Liberdade, sai às 12h e encerra o desfile por volta das 17h na Praça da Estação.
Heleno defende que é preciso dimensionar melhor os banheiros químicos e melhorar o policiamento. Cerca de 5 mil foliões acompanharam o bloco Tchanzinho Zona Norte em 2015. Para este ano, os organizadores trabalham com a possibilidade de esse número dobrar. “A tendência é crescer um pouco mais que o ano passado”, avalia Laila.