As atividades na mineradora continuam paradas. Desde a paralisação, os funcionários receberam férias coletivas, que terminaram nesta segunda-feira. Ao todo, 1,2 mil empregados, segundo a assessoria de imprensa da empresa, retornaram à Mina de Germano, em Minas Gerais e à unidade de Ubú, em Anchieta, no Espírito Santo. Outros 1,8 mil continuaram trabalhando em questões ligadas à tragédia.
Assim que chegaram às unidades de Minas e Espírito Santo, os funcionários receberam informações da empresa sobre a tragédia e das medidas que estão sendo tomadas por ela.
Na última semana a empresa propôes ao sindicato Metabase, que representa a categoria, a suspensão do contrato de trabalho por três meses, com manutenção de todos os benefícios do acordo coletivo. Durante esse período, os empregados ficarão afastados de seus postos de trabalho e participarão de cursos de qualificação de mão de obra oferecidos pela empresa.
A mineradora pagará uma ajuda compensatória mensal, que, somada à bolsa de qualificação profissional prevista nessa modalidade de suspensão de contrato, garantirá o salário nominal dos empregados. A proposta será apresentada em assembleia aos trabalhadores, que decidirão se a aprovam. “A proposta tem objetivo de manter os postos de trabalho da Samarco. Ela garante o pagamento do salário líquido dos trabalhadores e mantém todos os benefícios previstos em acordo coletivo. Esperamos que ela seja aprovada pelos funcionários na sexta-feira”, explicou Roberta Porto.
Enquanto não avaliam a proposta, os funcionários da Samarco vão trabalhar no serviço de limpeza e manutenção de máquinas.
Prefeito quer manter funcionários
O prefeito de Mariana, Duarte Júnior, vai se reunir com integrantes da Samarco na tarde desta segunda-feira para se informar sobre o retorno dos trabalhadores. Segundo ele, há propostas para a prorrogação do contrato dos empregados.