Moradores do Lourdes vão ao Ministério Público contra espetinhos

O aumento dos espetinhos no Lourdes divide opiniões entre os moradores e coloca as duas associações que os representam em posições divergentes

A Associação dos Moradores do Bairro de Lourdes (Pró-Lourdes), na Região Centro-Sul de Belo Horizonte, pretende entrar com ação no Ministério Público ainda esta semana para que a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) reveja seus critérios de liberação de alvará de funcionamento de bares e restaurantes.
De acordo com a presidente da entidade, Lúcia Lopes Pinheiro Rocha, moradores estão incomodados com o barulho, sujeira e obstrução de passeios por donos e clientes dos espetinhos daregião. “Vamos recorrer à Promotoria de Habitação e Urbanismo e ao Meio Ambiente. Queremos abertura de inquérito”, disse.

O aumento dos espetinhos no Lourdes divide opiniões entre os moradores e coloca as duas associações que os representam em posições divergentes. De um lado, a Associação dos Moradores da Praça Marília de Dirceu e Adjacências (Amalou) fala de um acordo bem-sucedido entre donos de estabelecimentos e vizinhos para solucionar problemas de sujeira e poluição sonora. Os estabelecimentos teriam aceito fechar à 0h e garantir espaço para pedestres nas calçadas. No entanto, Lúcia afirma que os problemas continuam.

No domingo, o Estado de Minas mostrou que pontos especializados em espetinhos se espalharam pela cidade, muitas vezes causando transtorno para vizinhos, pedestres e motoristas.

A presidente da Pró-Lourdes afirma que a prefeitura concede alvará de funcionamento sem consultar moradores.
Lúcia afirma ter procurado a prefeitura  pedindo providências contra os problemas e que não obteve resposta. De acordo com ela, bares, restaurantes e espetinhos ocupam o piso tátil das calçadas e impedem a passagem de deficientes visuais.  Moradora do Lourdes, Célia Assis disse que “a vizinhança está sendo punida com um barulho infernal” e que “as calçadas são totalmente ocupadas”.

A assessoria de imprensa da Regional Centro-Sul informou que precisaria do número de protocolo das denúncias que a presidente da Pró-Lourdes teria registrado para fazer levantamento junto aos setores de fiscalização. A prefeitura não se pronunciou sobre o critério de concessão de alvarás aos estabelecimentos..