A Polícia Civil ainda procura cinco integrantes de uma quadrilha de tráfico de drogas que atuava em Ribeirão das Neves, na Grande BH, com participação na morte de Jackson Douglas Santos Ferreira, de 29 anos. O jovem foi executado dentro do Hospital Risoleta Neves, em Venda Nova, em agosto do ano passado. Segundo as investigações, o crime está relacionado a desavenças por causa da venda de entorpecentes, informou a polícia nesta terça-feira. Os investigadores divulgaram também imagens dos procurados. Mandados de prisão já foram expedidos contra os criminosos, que haviam tentado matar Jackson antes, no mesmo dia. Baleado, o traficante foi internado e acabou morto no leito do hospital.
O crime assustou pacientes e funcionários e levantou a suspeita de insegurança nos hospitais de Belo Horizonte. Por volta das 2h de 1º de agosto, quatro homens fortemente armados invadiram a unidade de saúde através da entrada social e renderam o porteiro e o vigia de plantão. Dois subiram ao quarto andar e foram direto ao leito 13, onde estava o traficante Jackson Ferreira, que foi morto com sete tiros na cabeça e um no ombro. Os assassinos fugiram. A invasão e o crime espalharam pânico no hospital, segundo testemunhos, principalmente, de mulheres que estavam na maternidade, algumas em trabalho de parto.
As investigações, comandadas pelo delegado Eduardo Hilbert, apontam que cinco dias antes do crime Jackson já havia sido vítima de uma tentativa de homicídio pela mesma quadrilha. Na ação, Pablo Ernandes Ferreira da Costa, comparsa do traficante, morreu. O crime ocorreu em Ribeirão das Neves.
A organização criminosa é composta por Rafael Batista Silva, Daniel Batista Silva, Saulo Gonçalves Rodrigues, Fabiano de Jesus e Rômulo Moreno Bandeira. De acordo com o delegado, Pablo e Jackson alugaram um ponto de venda de drogas de Valdeir Silva Alves, o Tisão, apontado como o líder do grupo. Como Valdeir acabou assassinado a tiros no Bairro Boa Vista, em Contagem, os integrantes da quadrilha acharam que a dupla estava envolvida no crime.
Horas antes do assassinato no hospital, quatro dos procurados estavam em um carro branco, que se aproximou do veículo onde estavam Jackson e dois filhos, além de Pablo e uma mulher. Dois dos criminosos desembarcaram e atiraram várias vezes no automóvel. Uma das crianças, de 8 anos, foi atingida no pé esquerdo. Pablo Ernandes não resistiu aos ferimentos. Jackson foi, então, hospitalizado no Risoleta.
Segundo o delegado Eduardo Hilbert, entre os procurados, apenas Rômulo Moreno não teve participação no homicídio de Jackson, pois tinha sido preso dois dias antes, por roubo. Com ele, foi apreendida uma pistola calibre .45.