Minas Gerais começa 2016 com alerta por causa da dengue. Em apenas 11 dias, foram registrados 1.604 prováveis casos de dengue, o que corresponde a uma média de 145,8 notificações por dia. No ano passado, foram registrados 4.773 somente em janeiro, média 153,9 registros por dia. Nesta terça-feira, a Secretaria de Estado de Saúde (SES) realizou a primeira reunião com o Comitê Gestor Estadual de Políticas de Enfrentamento à Dengue, Chikungunya e Zika Vírus, para traçar ações para o controle do mosquito Aedes aegypti.
O primeiro balanço da dengue foi divulgado pela SES nesta tarde. Segundo a Secretaria, Alfenas, na Região Sul de Minas Gerais, é que registra o maior número casos prováveis da doença. Com 459 notificações. Em seguida vem Pedra Azul, no Vale do Jequitinhonha, com 324, Uberlândia, no Triângulo Mineiro, com 194, e Manhumirim, na Zona da Mata, com 132.
Minas Gerais registrou em 2015 o segundo maior número de casos prováveis de dengue dos últimos quatro anos. Nos últimos 12 meses, foram 189.602 notificações, que envolvem confirmações e suspeitas da doença. O número só ficou abaixo de 2013, quando foram registrados 414.593 notificações. No período, 67 pessoas morreram por causa da doença.
Outra preocupação é com o zika vírus. Dos 46 suspeitas de zika notificados em 2015, 38 seguem sob investigação; 8 já foram descartadas. O estado não tem casos confirmados até o momento. Já em relação à febre chikungunya, 16 casos foram notificados neste ano. Destes, quatro foram descartados e 12 estão sendo investigados.
Luta contra a dengue em MG
O superintendente de Vigilância Epidemiológica, Ambiental e Saúde do Trabalhador da SES-MG, Rodrigo Said, apresentou a situação epidemiológica da dengue, chikungunya e zika no estado nesta manhã durante a primeira reunião do Comitê Gestor Estadual de Políticas de Enfrentamento as doenças. Também pontuou as ações mais importantes do Plano Nacional de Enfrentamento à Microcefalia. “A recomendação do Ministério da Saúde é dividir o plano em três eixos: mobilização e combate ao mosquito; atendimento às pessoas e desenvolvimento tecnológico, educação e pesquisa”, afirmou.
Segundo ele, a primeira ação serão contra os focos que estão dentro dos domicílios.
Está marcada para o dia 21 uma reunião com cerca de 3,6 mil novas diretoras e diretores das escolas estaduais para falar sobre o mosquito Aedes aegypti. .