A Secretaria de Estado de Saúde (SES) confirmou nesta quinta-feira dois casos de zika vírus em Minas Gerais. Uma gestante em Ubá, na Zona da Mata, e um recém-nascido em Curvelo, Região Central do estado, foram diagnosticados com a doença, sendo que este último foi enquadrado no protocolo de microcefalia. Outros 17 casos com suspeita de zika vírus são investigados em 12 municípios mineiros, incluindo Belo Horizonte.
As informações foram repassadas pelo superintendente de vigilância epidemiológica da SES, Rodrigo do Carmo Said, durante entrevista coletiva. Ele explicou que o bebê de Curvelo nasceu com o perímetro da cabeça com 32 centímetros, o que o enquadra no protocolo de microcefalia, mas salientou que a criança também nasceu prematura, e por isso, será observada a partir de agora, para saber se a condição será confirmada ao longo do seu desenvolvimento. Já a gestante de Ubá possui o zika vírus, mas não é possível saber, até o momento, as condições de saúde do bebê.
O superintendente enfatizou o alerta para a população, lembrando que, a partir de agora, existe a certeza de que o zika vírus está circulando em Minas Gerais, e pediu atenção redobrada e colaboração para combater o vetor da doença, o mosquito Aedes aegypti. Ele acrescentou ainda que a SES já se reuniu com as prefeituras de Ubá e Curvelo, para discutir medidas de precaução. No entanto, apesar da constatação dos dois casos no estado, não foi apresentada pela SES nenhuma nova ação de combate.
Em relação às gestantes, Said afirmou que não será tomada nenhuma medida por parte do governo, já que a decisão de engravidar ou não é pessoal, e o que deve ser feito por mulheres grávidas ou que desejem engravidar é um método de prevenção maior.