Segundo o diretor de Áreas Protegidas do Instituto Estadual de Florestas (IEF), Henri Collet, tão logo recebeu a informação, uma equipe do parque foi deslocada para tentar retirar a anta, embora sem sucesso. “Essa é a primeira identificação de um animal morto na lama, aqui na região”, disse Henri Collet. Ele se mostrou preocupado com a cena, pois a reserva ambiental, que faz divisa ao longo de 42 quilômetros com o Rio Doce, abriga onças, capivaras e outros bichos.
“Sem condições de sair do atoleiro, devido aos bancos de areia movediça em que se tornaram as margens do rio, o mamífero acabou morrendo. Na tentativa de beber água, a fauna pode se tornar presa fácil da lama que tomou conta do curso-d’água”, lembrou o diretor.
O atoleiro fica perto do local conhecido como Ponte Perdida, uma estrutura antiga dentro dos limites do Parque Estadual do Rio Doce e onde há uma centro de pesquisa. O diretor explicou que os remansos, que podem ser entendidos como trechos nas margens, se tornaram pontos movediços numa longa extensão. “São pontos formados por grande quantidade de água, embora aparentemente seguros, pois estão com uma camada de lama. Quem viu, na tevê, o bombeiro se atolando em Bento Rodrigues, pode visualizar melhorar o cenário movediço”, afirmou.
No dia a dia, os animais que vivem no parque e entorno costumam atravessar as matas para buscar água e alimentos perto do rio.