Manifestantes que ocuparam a Praça Sete, no Centro de Belo Horizonte, em protesto contra o aumento da tarifa de ônibus, driblaram as forças policiais nas ruas da capital até que o protesto terminasse, por volta de 21h, de volta ao ponto de partida.
O protesto começou com cerca de 100 pessoas distribuindo informativos, com faixas e tocando instrumentos de percussão, ao lado de uma catraca feita com espuma e metal. Integrantes de outros movimentos sociais e partidos políticos também marcam presença com bandeiras.
"Acho importante a ação no Judiciário, mas também é importante esta ação direta da população demonstrando a indignação com esse aumento abusivo", disse uma integrante do Movimento Passe Livre, de 20 anos. Depois de uma breve negociação com os integrantes do movimento, a PM deu prazo de cinco minutos para que seja estabelecida uma liderança, sob pena de impedir o protesto.
O protesto tumultuou o trânsito em vários pontos do Centro e atrasou a vida de muita gente.
Duas viaturas do Batalhão de Choque (BPChoque) da Polícia Militar acompanhavam a movimentação paradas no canteiro central da Avenida Afonso Pena. A Guarda Municipal também está de prontidão, mas o protesto segue pacífico.
"Os estudantes secundaristas são os que mais sofrem com o aumento da passagem, já que não têm passe-livre. Esse aumento causa impacto não só no deslocamento para a escola, mas também para ir ao trabalho ou para ter acesso à cultura", disse Thaís Mátia, de 21, da Associação Metropolitana dos Estudantes Secundaristas.
A tarifa de ônibus em Belo Horizonte sofreu aumento de 8,24% no último 3 de janeiro. De acordo com a BHTrans, o índice está abaixo da inflação medida do INPC no mesmo período do cálculo tarifário, que é de 10,97%. Com o reajuste, as passagens das linhas perimetrais, diametrais, semi-expressas e também do Move, passaram para R$ 3,70, assim como a integração com o metrô.
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