Já consolidado e ganhando fama no país, o carnaval de Belo Horizonte, este ano, chega com novos ritmos. Além dos tradicionais blocos, entram na folia o gingado do reggae e a irreverência do brega. Iniciantes na festa do Momo da capital, o bloco Dread Locko, comandado pelo cantor Sergio Pererê, estreia na cidade com a promessa de levar para as ruas a cultura negra. Já o Beiço do Wando querem levar foliões a se render às músicas de Wando, Sidney Magal, Reginaldo Rossi, entre outros.
“O objetivo é levar para o carnaval a ideologia do dread”, comenta Célia Pereira, fundadora do bloco Dread Locko. Ela conta que foi em durante um sonho que teve a ideia de criar o grupo. “Tenho um salão de beleza afro e passei a pesquisar sobre a filosofia do dread. O nosso bloco vai trazer isso para o carnaval, ao som do reggae na voz do meu irmão, Sérgio Pererê”, explica.
No domingo, o bloco ensaiou embaixo do viaduto Santa Tereza, na Região Leste, e, de acordo com a enfermeira Carola Luz, de 25 anos, o ritmo tem tudo para fazer sucesso . “Há muitos blocos em BH, mas não temos um que valorize a cultura negra”, comentou. No próximo domingo, por volta das 16h, o Dread Locko fará mais um ensaio aberto, no mesmo local. No dia 6, o bloco sairá às 15h da Praça da Estação em cortejo até o viaduto Santa Tereza.
Outro iniciante da festa, o Beiço do Wando também quer fazer diferente, ao incentivar a mistura as letras de música brega com tambores e tamborins. “Somos 25 músicos e no nosso repertório tem desde Wando até música sertaneja ”, comenta o músico e um dos fundadores do bloco, Guilherme Leão. No domingo, o grupo ensaiou no bar Autêntica, na Savassi. No dia 31, haverá outro ensaio no mesmo local. E no dia 8 , quando completa quatro anos da morte do cantor Wando, o bloco vai sair pelas ruas de BH. A concentração é as 10h, na esquina entre Avenida Contorno com rua Aimorés, no Funcionários.