“O objetivo é levar para o carnaval a ideologia do dread”, comenta Célia Pereira, fundadora do Dread Locko. Ela conta que foi em durante um sonho que teve a ideia de criar o grupo. “Tenho um salão de beleza afro e passei a pesquisar sobre a filosofia do dread. O nosso bloco vai trazer isso para o carnaval, ao som do reggae na voz do meu irmão, Sérgio Pererê”, explica.
Ontem, o bloco ensaiou embaixo do Viaduto Santa Tereza, na Região Leste, e, de acordo com a enfermeira Carola Luz, de 25 anos, o ritmo tem tudo para fazer sucesso . “Há muitos blocos em BH, mas não temos um que valorize a cultura negra”, comentou.
O Beiço do Wando também quer fazer diferente, ao incentivar a mistura as letras de música brega com tambores e tamborins. “Somos 25 músicos e no nosso repertório tem de Wando até música sertaneja ”, comenta Guilhermer Leão, um dos fundadores do bloco. Ontem, o grupo ensaiou no Bar Autêntica, na Savassi. No dia 31, haverá outro ensaio no mesmo local. E no dia 8, quando completa quatro anos da morte do cantor Wando, o bloco vai sair pelas ruas de BH. A concentração será às 10h, na esquina entre Avenida Contorno com Rua Aimorés, no Bairro Funcionários..