A chuva contínua que completou ontem seis dias seguidos acende o alerta em diversas regiões do estado – incluindo a Grande BH – e põe moradores de áreas de risco e ribeirinhas em vigília constante. Desde 2011 não havia janeiro com precipitação tão persistente. A Coordenadoria Municipal da Defesa Civil de Belo Horizonte (Comdec) emitiu alerta à população da capital devido aos riscos de deslizamento de terra provocados pela chuva. No Sul do estado, rodovias foram interditadas devido a quedas de barreiras e várias cidades, como São Lourenço, sofrem com enchentes.
“A previsão do tempo é de chuva até amanhã na capital. Aquilo que está em perigo vai piorar. A probabilidade de ter escorregamentos na cidade a cada minuto e a cada hora vai aumentando. Precisamos muito que as pessoas fiquem atentas para evitar desastres,” avisa o coronel Alexandre Lucas Alves, coordenador da Comdec. Na madrugada de ontem, entre 0h e 6h, foram registradas 96 ocorrências na capital, sendo 30 deslizamentos de terras.
O auxiliar de cozinha Sandro do Nascimento, de 32 anos, acordou assustado às 2h e ficou de vigília observando o comportamento do barranco na frente de sua casa, na Avenida Belém, no Bairro Vera Cruz, Região Leste da capital. Às 4h saiu correndo pelos fundos, carregando os três filhos, pois o barranco cedeu. “Tinha medo que isso pudesse acontecer”, afirmou Sandro, enquanto olhava os destroços do cômodo destruído em meio à terra do barranco.
A Região Leste da capital foi a que teve chuva mais intensa, com precipitação de104,2mm até as 18h de ontem. Choveu muito também nas regiões de Venda Nova (99,2mm) e Pampulha (94,2mm). Os funcionários da Defesa Civil interditaram a casa de Sandro e a opção dele para morar nos próximos dias não oferece tanta segurança, pois sua família, que pode abrigá-lo, vive em uma vila construída no mesmo terreno em que o barranco cedeu.
Drama parecido vive Ana Cristina Soares Silva, de 38, moradora do Bairro Maria Goretti, na Região Nordeste de BH. O barranco abaixo da casa dela deslizou na madrugada, também às 4h, e ela e o filho, Igor Willian Soares, de 18, estão desalojados, pois a casa foi interditada pela Defesa Civil. Ontem à tarde, um funcionário da Gerência de Risco da Regional Nordeste, esteve no local e disse que hoje máquinas irão até lá para liberar a Rua Expedicionário Inocêncio Rosa, interditada por causa do barro. “Vou ficar morando no salão de beleza da minha prima até resolverem a situação”, explica Ana Cristina.
A maior preocupação da Defesa Civil é com a região da Rua Sustenido, no Aglomerado da Serra, onde vivem cerca de 100 famílias. A área abaixo da Praça de Esportes do Cafezal começou a ser ocupada em 2013. Laudos de entidades de engenharia afirmam que mais de 100 construções foram erguidas em local inadequado, com presença de lixo e entulho, e que fatalmente o terreno vai ceder, risco agravado pela chegada do período de chuvas. É o ponto considerado mais crítico em toda a cidade, onde há outras 2 mil construções suscetíveis a deslizamentos ou desmoronamentos em caso de chuva forte.
“A previsão do tempo é de chuva até amanhã na capital. Aquilo que está em perigo vai piorar. A probabilidade de ter escorregamentos na cidade a cada minuto e a cada hora vai aumentando. Precisamos muito que as pessoas fiquem atentas para evitar desastres,” avisa o coronel Alexandre Lucas Alves, coordenador da Comdec. Na madrugada de ontem, entre 0h e 6h, foram registradas 96 ocorrências na capital, sendo 30 deslizamentos de terras.
O auxiliar de cozinha Sandro do Nascimento, de 32 anos, acordou assustado às 2h e ficou de vigília observando o comportamento do barranco na frente de sua casa, na Avenida Belém, no Bairro Vera Cruz, Região Leste da capital. Às 4h saiu correndo pelos fundos, carregando os três filhos, pois o barranco cedeu. “Tinha medo que isso pudesse acontecer”, afirmou Sandro, enquanto olhava os destroços do cômodo destruído em meio à terra do barranco.
A Região Leste da capital foi a que teve chuva mais intensa, com precipitação de104,2mm até as 18h de ontem. Choveu muito também nas regiões de Venda Nova (99,2mm) e Pampulha (94,2mm). Os funcionários da Defesa Civil interditaram a casa de Sandro e a opção dele para morar nos próximos dias não oferece tanta segurança, pois sua família, que pode abrigá-lo, vive em uma vila construída no mesmo terreno em que o barranco cedeu.
Drama parecido vive Ana Cristina Soares Silva, de 38, moradora do Bairro Maria Goretti, na Região Nordeste de BH. O barranco abaixo da casa dela deslizou na madrugada, também às 4h, e ela e o filho, Igor Willian Soares, de 18, estão desalojados, pois a casa foi interditada pela Defesa Civil. Ontem à tarde, um funcionário da Gerência de Risco da Regional Nordeste, esteve no local e disse que hoje máquinas irão até lá para liberar a Rua Expedicionário Inocêncio Rosa, interditada por causa do barro. “Vou ficar morando no salão de beleza da minha prima até resolverem a situação”, explica Ana Cristina.
A maior preocupação da Defesa Civil é com a região da Rua Sustenido, no Aglomerado da Serra, onde vivem cerca de 100 famílias. A área abaixo da Praça de Esportes do Cafezal começou a ser ocupada em 2013. Laudos de entidades de engenharia afirmam que mais de 100 construções foram erguidas em local inadequado, com presença de lixo e entulho, e que fatalmente o terreno vai ceder, risco agravado pela chegada do período de chuvas. É o ponto considerado mais crítico em toda a cidade, onde há outras 2 mil construções suscetíveis a deslizamentos ou desmoronamentos em caso de chuva forte.