Os passos do rapaz que atacou com pisadas e chutes o morador de rua de etnia indígena na madrugada de sexta-feira foram refeitos nesta segunda-feira por investigadores da Polícia Civil. A equipe da Delegacia Especializada de Homicídios Centro-Sul buscou em outros comércios do Hipercentro mais imagens do autor das agressões que acabaram levando a vítima a morte. As novas filmagens poderão ajudar na identificação do suspeito e elas já estão sendo analisadas.
O índio atacado chegou a ser socorrido, mas no mesmo dia. Ele estava sem documentos. Imagens do momento em que ele foi agredido, tiradas das câmeras de lojas da Rua 21 de Abril, onde ocorreu o ataque, filmaram um morador de rua levando uma sacola com seus pertences. O corpo da vítima segue sem identificação no Instituto Médico Legal (IML).
A Polícia Civil confirmou que algumas pessoas procuraram ontem o IML para fazer o reconhecimento do corpo, porém, elas não apresentaram a documentação da vítima, não sendo possível formalizar o procedimento.
A Polícia Civil confirmou que, aparentemente, trata-se de um homem de origem indígena. Ele tinha cerca de 1,60 metro de altura, idade aparente de 55 anos, olhos escuros, barba por fazer, rala e grisalha, cabelo liso e grisalho e uma cicatriz na virilha. O homem tinha ainda quatro tatuagens, sendo uma no antebraço esquerdo com o nome de Adelaide, duas no antebraço direito escrito Amado Jesus e Jesus, e um desenho de escorpião no braço esquerdo.
Os registros captados das câmeras dos comércios da Rua 21 de Abril, apontaram que o ataque ao índio ocorreu por volta das 2h, poucos minutos após dele ter se deitado embaixo de uma marquise e pegado no sono. O agressor se aproximou e chutou o rosto do morador de rua. Na sequência, ele começou a pisotear sua cabeça e após dar mais de 12 pisadas, o rapaz vai embora caminhando tranquilamente, em direção à Estação Lagoinha do metrô de BH.