Muitos funcionários, porém, continuaram próximos aos estabelecimentos, acompanhando os trabalhos do Corpo de Bombeiros e da Cemig, aguardando respostas sobre quando poderiam voltar a seus postos. O proprietário da Óptica Corrêa, Geraldo Leopoldo, disse que está há 30 anos no ponto comercial e nunca presenciou cena parecida. “Queremos saber como ficou a loja.
No Edifício Acaiaca, vizinho ao quarteirão fechado, a falta de luz deixou elevadores e lojas sem operação por uma hora. Alguns bancos e outros estabelecimentos também tiveram o funcionamento suspenso pelo mesmo período. O clima entre os frequentadores da região era de apreensão durante toda a manhã e início da tarde. Muitos buscavam informações sobre as lojas fechadas, outros reclamavam do cheiro forte deixado pelo incêndio O auxiliar administrativo Lucas de Freitas voltou ao local por volta das 13h para ter notícias de sua moto, deixada em um estacionamento da Rua Tamoios. “Quando cheguei notei uma fumaça saindo do passeio, mas não imaginei que aumentaria tanto. Queria retirar a moto, mas acho que hoje (ontem) vou voltar para casa de ônibus”, lamentou.
Para passar o tempo, funcionários das lojas fechadas se concentraram na esquina da Tamoios com Afonso Pena, onde conversavam sobre as hipóteses para o incêndio e também trocavam fotos e registros do acidente. O impressor fotográfico Cristiano Alves, que trabalha em uma das lojas do quarteirão afetado, contou que a fumaça começou a tomar a rua por volta das 6h, mas que as pessoas passavam próximo ao transformador normalmente sem noção da gravidade. “Começou com uma fumaça branca, mas depois vieram as explosões por volta das 9h”, contou. Na loja em que ele trabalha todos os funcionários foram dispensados e a estimativa de prejuízo chega a R$ 7 mil.
PÂNICO As explosões causadas pelo incêndio, segundo os comerciantes, deixaram as pessoas “em pânico” por pelo três horas. Pessoas que trabalham em edifícios próximos desceram para acompanhar os trabalhos da rua porque tiveram medo de que a situação se agravasse.
Segundo a Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig), o fornecimento de energia foi suspenso por volta das 11h e restabelecido às 11h57. A Cemig confirmou que a tentativa de furto de cabos é uma das hipóteses consideradas, mas que ainda está investigando as causas do incêndio. Ontem, por volta das 14h30, apenas duas lojas voltaram a operar normalmente.