Até o fim de março, os agentes da Guarda Municipal de Belo Horizonte, que fazem a segurança em escolas, unidades de saúde, praças e parques, portarão armas de fogo. A primeira, das 24 turmas que passarão por uma capacitação, iniciou o curso de tiros na segunda-feira. “É um treinamento rigoroso e extenso”, afirmou o comandante da guarda Rodrigo Sérgio Prates. Ele lembrou que essa não é a primeira vez que o agente de segurança tem contato com a arma de fogo.
Para ingressar na guarda, eles são submetidos a exame psicológico e passam por um treinamento. “Ofertamos uma atualização de conhecimento plena”, disse o comandante. À medida que os guardas passarem por aulas teóricas e práticas de tiro, receberão as armas para o trabalho na rua. O armamento é composto por revólveres calibre 38 e pistolas 380.
A guarda municipal foi criada em 2003 pela Lei 8.486 e atualmente conta com um efetivo de 2.117 agentes, que atuam na segurança de órgãos públicos e do patrimônio municipal. A prefeitura investiu R$ 7,3 milhões na capacitação dos agentes, que ajudam também a orientar e protegem os usuários de serviços públicos. “A gente recepciona o armamento como equipamento de proteção individual, que vai agregar valor às atividades que a guarda executa em prol da segurança da cidade, dentro de um sistema que envolve outras instituições”, avaliou o comandante.
De acordo com a Secretaria Municipal de Segurança Urbana e Patrimonial, os agentes realizaram 1,04 milhão de visitas preventivas e cerca de 82 mil intervenções entre 2004 e 2015. O comandante reafirmou que os agentes estão psicologicamente preparados para a atuação. Segundo ele, da primeira turma com 100 agentes, apenas um apresentou “contraindicação” para portar o armamento. “Em termos de amostragem e comparativamente com o que é normal a esse processo, é um resultado fabuloso”, pontuou.