“No dia dos shows, disseram que o dinheiro iria para Mariana, mas a conversa mudou. O que nos deixa chateado é que usaram o nome de Mariana”, argumenta o prefeito. Du, como é conhecido, afirma não desejar que todos os recursos sejam canalizados para as vítimas da cidade, mas reclama que a população foi desprestigiada. “Não usassem o nome de Mariana então”, afirma.
Em 20 de novembro, a banda grunge norte-americana fez show no Mineirão e o vocalista Eddie Vedder pediu punição aos responsáveis. Dez dias depois, a banda anunciou a doação de US$ 100 mil “às comunidades impactadas pela tragédia no Brasil”. O dinheiro, entretanto, não chegou a nenhuma entidade. A Vitalogy Foundation, braço do grupo responsável pelas ações sociais, entrou em contato com três ONGs brasileiras pedindo documentação antes de repassar o dinheiro: a Ibio, a Comissão Nacional para o Fortalecimento das Reservas Extrativistas e dos Povos Extrativistas Costeiros Marinhos (Confrem) e o Instituto Terra.
O dinheiro arrecadado no show Sou Minas Gerais, realizado em 8 de dezembro, com a participação de Criolo, Caetano Veloso, Jota Quest e outros artistas conseguiu R$ 340 mil. A edição paulista do show arrecadou outros R$ 99 mil.
De acordo com a produtora Carol de Amar, o dinheiro já foi enviado ao Greenpeace. “Em toda nossa divulgação deixamos claro que o dinheiro não iria para nenhum órgão público”, afirma. O Greenpeace detalha que as doações serão usadas em pesquisas independentes para avaliar os impactos do rompimento da barragem da Samarco na Bacia do Rio Doce..