De acordo com o MPMG, análises de imagens de satélite e levantamentos em bases de dados oficiais realizadas pelo seu núcleo de geoprocessamento confirmam que, antes de chegar à zona urbana de Bento Rodrigues, a lama já havia causado destruição ao patrimônio histórico e cultural. As cavidades naturais e a antiga mina de ouro foram severamente afetadas, segundo o MPMG, ficando encobertas pelos rejeitos. “Com base no novo diagnóstico, o MPMG verificará a possibilidade de reversão ou não dos danos para adoção das medidas cabíveis contra a Samarco”, informou o Ministério Público.
Ainda de acordo com o levantamento, foi constatada a destruição de 2,2 quilômetros do eixo do Caminho dos Diamantes da Estrada Real no município de Mariana e impactos em cinco marcos turísticos. Entre as cidades de Barra Longa e Rio Doce, a lama atingiu trechos do Caminho Religioso de São José, uma rota de peregrinação considerada importante atrativo turístico das cidades.
“Na cidade de Rio Doce, o encontro dos rios Piranga e do Carmo, tombado como conjunto paisagístico da cidade pelo Decreto 742/2007, também foi severamente afetado e a prefeitura municipal acionou a Promotoria de Justiça de Ponte Nova requerendo providências. A confluência dos cursos d’água desses rios é que dá origem ao Rio Doce”, diz o relatório do MPMG..