Meta de alojar famílias atingidas por rompimento de barragem foi cumprida, diz Samarco

Após reconstrução das casas em local escolhido, moradores têm três meses para deixar imóveis alugados. Mineradora ainda não tem cronograma definido

Landercy Hemerson
O coordenador de Desenvolvimento Socioinstitucional da Samarco, Estaneslaau Klein, informou que a meta de alojar as famílias atingidas pelo rompimento da Barragem do Fundão, apresentada pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), foi cumprida até 24 dezembro.
“Podemos dizer que 100% das famílias foram transferidas para imóveis alugados. Temos apenas uma pessoa que chegou a escolher uma das três opções, mas recuou e preferiu ficar no hotel”, explicou Klein.

 

Ele admitiu que, em Barra Longa, há ainda pessoas em casa de parentes, já que a cidade não tem uma estrutura de hotel e elas aguardam a finalização da manutenção de suas casas. “São situações diferentes dos distritos de Mariana, onde os imóveis foram destruídos”, justificou.


De acordo com o coordenador, depois que forem construídas as novas casas dos moradores de Bento Rodrigues, no local em que a população atingida escolher para reerguer o distrito, as famílias terão prazo de três meses, a contar da entrega das chaves, para deixar os imóveis alugados e se mudarem. “É um prazo para algum ajuste necessário”.


Klein diz que ainda não há um cronograma definido de reconstrução de Bento Rodrigues, com entrega das casas. “Na próxima semana vamos dar um passo importante na identificação dos critérios que a comunidade vai estabelecer na escolha do terreno. Daí, a Samarco vai procurar terrenos para apresentar como opções. Estamos caminhando de forma coletiva, junto às famílias, para que possamos escolher a área e definir a reconstrução dos imóveis com o espaço adequado ao que culturalmente era utilizado pelos moradores do distrito”, assinalou.

ASSISTÊNCIA O coordenador garante que os desabrigados na tragédia continuam recebendo acompanhamento da empresa.

“Estamos prestando atendimento em três linhas: com relação à manutenção estrutural nos imóveis alugados; assistência social por meio de convênio com a prefeitura, em que reforçamos a equipe pública com mais 20 servidores, que prestam atendimentos sociais na área de saúde; acompanhamento psicológico, com destaque para as famílias em situação de vulnerabilidade social; e a equipe de relação com a comunidade”, destacou. Klein lembra que um escritório foi montado na Rua Bom Jesus, no Centro de Mariana, para prestar assistência aos atingidos.

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