Suspeitos de venda ilegal de bilhetes eletrônicos de transporte público são detidos em BH

Eles abordavam trabalhadores e ofereciam 50% em dinheiro sobre o valor de crédito inserido nos cartões eletrônicos e depois repassavam a viagem por valor inferior ao custo oficial. Titulares dos cartões também serão ouvidos pela Polícia Civil

Estado de Minas
Oito suspeitos de negociar ilegalmente bilhetes eletrônicos que dão acesso ao transporte público de Belo Horizonte serão ouvidos pela Polícia Civil de Minas Gerais.
Eles foram detidos nesta segunda-feira durante operação na Região Central da cidade, em estações do Move. Titulares dos cartões usados pelo grupo também serão intimados a prestar esclarecimentos.

A ação foi realizada pela 6ª Delegacia Especializada em Falsificação, Sonegação Fiscal e Administração Pública (Deifa) e pelo Departamento Estadual de Investigação de Fraudes (Deif), com o apoio do Grupo de Pronta Resposta (GPR). Foram arrecadadas dezenas de cartões de bilhetes eletrônicos.

Segundo o delegado Hugo Arruda, responsável pelas investigações, o grupo abordava trabalhadores, oferecia 50% em dinheiro sobre o valor de crédito inserido nos cartões eletrônicos e, posteriormente, os repassavam por R$ 3,50 a viagem, R$ 0,20 abaixo do valor praticado pelas revendas oficiais. Ele acrescentou que todos os titulares dos cartões serão intimados a comparecer para prestar declarações, uma vez que os cartões são pessoais e intransferíveis e devem ser usados exclusivamente para a compra de passagens do trajeto entre a residência e o trabalho.

O delegado ressalta, ainda, que quem compra ou vende créditos em locais não credenciados além da responsabilidade penal, está sujeito à aquisição de cartões falsos ou com parte do valor inserido já usado. “A compra e venda de cartões BHbus e Ótimo, assim como vales-refeição, constituem crime.
O prejuízo gerado a empresas ligadas ao setor nos últimos meses é estimado em R$ 130 mil”, disse o delegado.

Os suspeitos poderão responder pelos crimes de estelionato, contra a economia popular, lavagem de dinheiro e associação criminosa. Uma segunda etapa da operação está focada em aferir a participação de agentes públicos ou funcionários ligados às empresas vítimas. .