Minas Gerais investiga zika vírus em oito bebês e 16 grávidas

O estado já tem a confirmação de dois casos de zika vírus no estado %u2013 um recém-nascido, que também está com suspeita de microcefalia em Curvelo, na Região Central, e uma gestante de Ubá, na Zona da Mata

João Henrique do Vale
O número de casos de microcefalia em investigação em Minas Gerais voltou a subir.
De acordo com o boletim epidemiológico da Secretaria Estadual de Saúde (SES), divulgado na tarde desta terça-feira, agora são oito exames em bebês com a suspeita da doença que seguem sendo analisados. Na última semana eram seis. Aumentou, também, o número de gestantes com possível infecção com a doença. Passou de um para 16 casos em investigação. O estado já tem a confirmação de dois casos de zika vírus no estado – um recém-nascido, que também está com suspeita de microcefalia em Curvelo, na Região Central, e uma gestante de Ubá, na Zona da Mata.

Até a última segunda-feira, foram notificados 68 casos no protocolo de monitoramento da microcefalia. Em relação aos bebês, foram 48 notificações.
Destas, 39 foram descartados, um confirmado e outros 8 seguem em investigação. Em relação as gestantes que podem ter contraído a doença, foram 20 notificações, com uma notificação, três casos descartados e outros 16 ainda aguardam resultado de exames.

De acordo com a Secretaria de Saúde, outros 24 casos de febre provocada pelo zika vírus seguem sendo investigados. O número é quatro vezes maior do que há uma semana, quando sete casos foram notificados. Em 2015, foram 57 casos notificados e 14 descartados. Outros 43 ainda seguem sendo investigados. No Brasil, foram confirmados casos da doença, além de Minas Gerais, em Roraima, Pará, Amazonas, Rondônia, Tocantins, Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Bahia, Rio de Janeiro, São Paulo, Espírito Santo, Mato Grosso e Paraná.

Dengue

Outras doenças transmitidas pelo mosquito Aedes Aegypti também crescem a cada semana. Os casos prováveis de dengue em Minas Gerais em janeiro já são quase cinco vezes a mais que o mesmo período do ano passado. Nos últimos 26 dias, o estado contabilizou 20.859 notificações – que englobam casos confirmados e suspeitos da doença – contra 4.957 dos primeiros 31 dias de 2015. Somente em uma semana, 10.906 novas notificações foram recebidas.

Mesmo faltando seis dias para o fim do mês, o número de prováveis casos de dengue em 2016 já é o segundo maior para o período dos últimos cinco anos. Fica atrás, apenas, de 2013 quando foram registradas 35.565 notificações.
Vale lembrar que naquele ano, o Estado terminou o ano com 414.589 casos prováveis da doença, o maior dos últimos anos.

Nos próximos dias, deve ser confirmada a primeira morte em decorrência da doença em Minas Gerais. Uma mulher de 47 anos faleceu depois de apresentar sintomas de dengue em Belo Horizonte. A mulher é mãe de um casal de gêmeos e vivia na Vila Buraco de Peru, Carlos Prates, na Região Noroeste. A secretaria informou que foi notificada do caso, que está sendo investigado pela vigilância epidemiológica. Em 2015, 70 pessoas morreram por causa da doença. Destas, 10 foram na capital mineira.

Chukungunya

Até essa segunda-feira, foram notificados 80 casos de febre chikungunya. Destes, 38 foram descartados e outros 42 seguem em investigação. Nenhum caso foi confirmado neste ano.
Em 2015, nove casos foram confirmados. Segundo a Secretaria de Saúde, todos foram importados de outros estados, ou seja, a contaminação não foi em Minas Gerais. .