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Estado de Minas

Polícia prende dois homens e apreende adolescentes suspeitos de matar casal em Araxá

Uma faca foi apreendida pelos policiais. As investigações apontam a participação de um jovem de 22 anos no homicídio. Ele é procurado pelas equipes


postado em 27/01/2016 17:31 / atualizado em 27/01/2016 23:40

O casal foi assassinado dentro de uma casa no último sábado(foto: Reprodução / Arquivo Pessoal)
O casal foi assassinado dentro de uma casa no último sábado (foto: Reprodução / Arquivo Pessoal)

O grupo suspeito de participação no assassinato de Higor Humberto Fonseca de Sousa, de 26 anos, e da mulher dele, a estudante Rafaela D'Eluz Giordani, de 21, foi detido nesta quarta-feira pela Polícia Civil. Equipes da delegacia de Araxá, no Alto Paranaíba, conseguiram prender dois homens, entre eles pelo menos um ex-funcionário de Higor, e apreender dois adolescentes durante a manhã. Uma faca foi apreendida pelos agentes. As investigações apontam a participação de um jovem de 22 anos no homicídio. O delegado Sandro Negrão, responsável pelas investigações, já trata o crime como latrocínio – roubo seguido de morte.

Desde o início da manhã, equipes da delegacia foram para as ruas da cidade atrás de possíveis envolvidos no crime. Os dois adolescentes e os dois maiores, que não tiveram os nomes divulgados, foram encontrados e prestaram depoimento. Outro suspeito, Yuri Santiago Borges, continua sendo procurado.
O advogado de I.R.S, de 18 anos, que é ex-funcionário de Higor e um dos presos pelo crime, informou que o cliente dele confessou o crime, mas afirmou que a intenção do grupo era furtar a casa. “Os outros venderam a informação que a casa estava vazia e que os moradores estavam viajando. A ideia era furtar. Ele foi apenas o transportador do grupo. De moto, ele fez três viagens para levar os outros indivíduos até a casa”, explica Daniel Coutinho da Silva.

De acordo com o defensor, o cliente dele recebeu R$ 500 pelo serviço. “Quando ele ouviu os gritos vindo de dentro da casa, foi embora. Os caras falaram com ele que queriam um cofre que estava dentro da casa e que os moradores estavam viajando. Ele disse que não viu arma nenhuma com os outros”, conta o advogado.

Silva disse, ainda, que outros conhecidos do empresário participaram do crime. “Um dos homens presos eram muito amigo da vítima e teve uma desavença feia com ele”, comentou. Segundo versão apresentada pelos detidos ao advogado, quando houve a invasão na casa, Higor teria reagido e por isso foi morto. Os presos, inclusive, segundo Silva, estão com marcas de mordidas e arranhões provocadas pela briga.

Uma coletiva de imprensa estava marcada para o fim da tarde para o delegado dar detalhes sobre as investigações. Porém, foi cancelada. Por telefone, o delegado Sandro Negrão informou que não iria passar mais informações sobre o caso para não atrapalhar nas apurações.

Faca que pode ter sido utilizada no crime foi apreendida(foto: Polícia Civil/Divulgação)
Faca que pode ter sido utilizada no crime foi apreendida (foto: Polícia Civil/Divulgação)
Em entrevista ao Estado de Minas nessa terça-feira, o delegado afirmou que pelo menos quatro fatos fazem com que a Polícia Civil acredite mais na possibilidade de um latrocínio para o assassinato do casal, do que em uma execução motivada por vingança. A primeira é o uso de facas, já que em casos de execução o mais comum é a utilização de armas de fogo. Higor foi morto com mais de 100 facadas por todo o corpo e Rafaela com 12, todas no pescoço. Outro fato que aponta para a direção do latrocínio é a casa ter sido encontrada completamente revirada.

A Polícia Civil sabe que Higor tinha um comportamento extrovertido e gostava muito de mostrar que tinha boas condições financeiras. Uma pessoa que prefere não se identificar e conhecia o rapaz afirma que ele gostava de andar com dinheiro vivo.

Pelas investigações feitas até agora, a polícia acredita que os criminosos encontraram primeiro Rafaela, que pode ter sido amordaçada para que não alertasse o marido quando ele chegasse. A polícia também avalia que, por ter porte físico avantajado, Higor tenha tentado reagir ao assalto. A teoria é reforçada por marcas de sangue encontradas em uma das paredes do banheiro, onde o corpo do rapaz estava.


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