Denúncias de pedofilia envolvendo os dois motoristas foram feitas à Polícia Civil, na mesma semana de dezembro. Os suspeitos não têm ligação e agiam de maneira semelhante. As vítimas foram molestadas nas vans, antes de serem levadas à escola ou na volta para casa. Elas eram deixadas por último e os autores paravam em ruas ermas para cometer os abusos. Um deles transportava crianças na Pampulha e Região Noroeste e o outro na Região Oeste.
Contra o primeiro acusado foram instaurados três inquéritos e ainda há um registro de 2009, que havia sido arquivado, mas que também será apurado. As vítimas dele, segundo as delegadas Iara França e Thais Degani, são todas meninas, e têm 2, 4, e 8 anos, respectivamente.
O segundo acusado foi denunciado pelos pais de uma menina de 7 anos. Eles contaram que o comportamento da criança mudou drasticamente a partir de julho de 2015. A garota passou a morder às pessoas, comer compulsivamente e apresentar quadros de síndrome do pânico.
Critério
A BHTrans informou que, para prestação do serviço de transporte escolar em BH, os interessados devem participar de um processo de credenciamento e atender os seguintes requisitos: possuir carteira nacional de habilitação nas categorias D ou E, não ter cometido infração de trânsito grave ou gravíssima e não ser reincidente em infrações médias nos últimos 12 meses. O candidato precisa ser aprovado em curso de preparação de operadores de transporte escolar e apresentar certidões negativas das justiças Federal, Estadual e Especial Criminal.
A delegada Iara França fez um alerta aos pais sobre cuidados que devem ser tomados antes da contratação do motorista de transporte escolar. “É importante que pais e responsáveis verifiquem o histórico do profissional e da empresa prestadora do serviço. Além disso, é importante acompanhar a rotina das crianças, ficar atento a atrasos e conversar sempre sobre o dia a dia com os filhos”, explica a policial..