No dia em que Belo Horizonte confirmou a primeira morte por dengue em 2016, o Estado de Minas recebeu uma denúncia que preocupa pela situação de um lote na Região Leste da capital.
Segundo a empresária Taciana Teodoro, de 36 anos, o estado dos imóveis, na Avenida Cristiano Machado, é um absurdo. "Estou em pânico. Tenho duas filhas e não posso me mudar pra o apartamento que comprei até que isso esteja resolvido. É um descaso. Penso nos moradores próximos, que não viram isso", diz.
A empresária conta que um trabalhador, ao instalar equipamentos na casa, comentou ter visto dezenas de focos do mosquito Aedes aegypti no apartamento. Outros dois andares, de um total de quatro, também estão a venda.
Taciana lembra que, nas últimas semanas, fez dezenas de tentativas para denunciar o local às autoridades. "Nunca tinha passado uma situação dessas. Tentei ligar na prefeitura, no 0800 e ou o sistema estava fora do ar ou me mandavam ligar em outros números, como o da vigilância sanitária", comenta. No último dia 21, ela conseguiu protocolar a denúncia na Regional Leste, porém pode ter esbarrado em outra dificuldade.
Em contato com a Prefeitura de Belo Horizonte, a reportagem do em.com.br percebeu alguns contratempos para esclarecer qual regional fiscaliza a região. Inicialmente, as cobranças deveriam ser feitas na Regional Pampulha. Só depois de uma análise do número protocolado na denúncia foi esclarecido que o ponto onde estão situados os imóveis fica a cargo da Regional Leste.
A Gerência de Comunicação Leste, da PBH, informou que a demanda foi encaminhada para o setor de fiscalização. Ainda conforme a regional, uma equipe irá até o local na próxima semana para verificar a situação do local e averiguar se a área é de responsabilidade da 'Leste', e assim tomar as medidas necessárias..