Os dois jovens, Vitor Almeida de Oliveira, de 23 anos, e Lara Ferraz Medina da Silva, de 16, participavam de um evento chamado pelos organizadores como “Segunda sem lei Praça do Papa”, na madrugada de terça-feira. A convocação foi feita pelo Facebook. No boletim de ocorrência (B.O) consta a versão de uma testemunha que informou que o casal foi morto durante uma briga com outros frequentadores do local.
Segundo o B.O, Vitor se envolveu em uma briga e foi espancado. Ele foi levado para o Hospital João XXIII, onde chegou em parada cardiorrespiratória e não resistiu. Ainda na versão da testemunha, Lara tentou proteger o companheiro e também foi agredida. Ela foi levada para um hospital particular na Região Centro-Sul de BH, mas também não resistiu aos ferimentos. O corpo dela foi enterrado por volta das 16h30 desta quarta-feira no Cemitério Bosque da Esperança, no Bairro Jaqueline, na Região Norte de Minas Gerais. No documento da polícia, consta que o primo de Vitor informou que eles constumavam ir a Praça do Papa para consumir drogas.
De acordo com a delegada Ingrid Estevan, as hipóteses ainda serão apuradas. “A testemunhas deu a versão para a equipe da Polícia Civil que fez os primeiros levantamentos no local. Ainda não ouvi essa pessoa em cartório para confirmar a versão. Ainda estamos esperando o laudo do IML que vai determinar as causas das mortes”, afirma. O laudo vai detectar se as mortes foram por agressões ou uso de drogas, segundo a polícia.
Moradores insatisfeitos
A situação das festas em praças e mirantes do Mangabeiras vem tirando o sono dos moradores do bairro e de outros próximos a região. As famílias relatam que os eventos acontecem constantemente na Praça do Papa e no Mirante da Caixa D'água. No primeiro local citado, as festas são maiores e no segundo mais constantes.
No último evento, que começou na noite de segunda-feira e só terminou na madrugada do dia seguinte, o evento chamado de Segunda Sem Lei na Praça do Papa, teve início por volta das 22h. Os organizadores pediram para os participantes levarem bebidas alcoólicas e prometeram som automotivo. “Esse bairro virou uma loucura. Já tem um ano e meio, mais ou menos, que está rolando essas festas. O maior problema é que eles saem da praça e continuam a bagunça no mirante da Caixa D'água”, afirmou outro morador que pediu anonimato.
Em nota, a PM informou que são realizadas ações e operações desencadeadas por meio de monitoramento.