Sete anos depois do assassinato de Gustavo Felício da Silva dentro da Boate Pantai Lounge, na Avenida Prudente de Morais, no Bairro Cidade Jardim, Centro-Sul de Belo Horizonte, o sócio dele, Leonardo Coutinho Rodrigues Cipriano, de 39 anos, condenado pelo crime, foi preso. Equipes da Polícia Civil cumpriram na tarde desta quinta-feira o mandado de prisão expedido contra o empresário. Em fevereiro do ano passado, Leonardo foi sentenciado a 16 anos e seis meses de prisão pelo assassinato. Nessa quarta-feira, a Justiça manteve a condenação em 2ª Instância e expediu um mandado de prisão.
A notícia foi recebida com alívio por familiares de Gustavo. “A gente sabe que demorou e que isso não é um consolo na essência de pai e mãe. Mas, pelo menos sabemos que não está impune”, afirmou a artesã Lilian Copio Felício da Silva, de 75 anos, mãe da vítima.
Cipriano desviou parte de uma verba de patrocínio da casa noturna, em que era sócio de Gustavo, e logo em seguida o matou com um tiro na cabeça.
O empresário chegou a simular que seu sócio havia sido vítima de um latrocínio e contou para a policia que quando o viu pela última vez, a vítima tinha saído com um malote com R$ 7 mil, que seriam destinados a pagar contas. O empresário abandonou o carro da vítima nas proximidades da boate, deixando no veículo a carteira de Gustavo, com documentos e R$ 320.
Ao ser julgado, em 2015, Leonardo Cipriano afirmou que, no desespero, escondeu o corpo, sem saber direito o que fazia. Réu confesso, Cipriano também alegou que não se lembrava de tudo que aconteceu após o disparo. Segundo o réu, a arma, de sua propriedade, teria sido levada à boate para ser deixada com o vigia. O juiz Carlos Henrique Perpétuo Braga o condenou pelo crime. Porém, o réu ficou em liberdade até os recursos serem julgados.
Nessa quarta-feira, durante julgamento em 2ª Instância, a pena foi diminuída para 14 anos e 6 meses de prisão pelo homicídio. Porém, foi expedido o mandado de prisão contra o empresário, que foi cumprido hoje. .