Polícia prende líder e 'número dois' do tráfico de drogas na Pedreira Prado Lopes

Criminosos foram apresentados nesta quinta-feira, em Belo Horizonte. Investigações continuam

Estado de Minas
Chefe do tráfico, Filipe (esq) foi preso na última sexta-feira. Seu 'braço direito', Reginaldo (dir) foi preso no sábado - Foto: Polícia Civil/Divulgação
O homem que é considerado pela polícia como um dos maiores chefes do tráfico de drogas em Minas foi apresentado nesta quinta-feira, em Belo Horizonte. Filipe Douglas de Sousa, conhecido como “Liê”, de 28 anos, seria o líder do tráfico na Pedreira Prado Lopes, Região Noroeste da capital, e foi preso na última sexta-feira. No sábado, a polícia também prendeu Reginaldo Almeida, de 52, considerado o braço direito de Filipe.

Os dois são suspeitos de envolvimento na morte de Edson dos Santos de Oliveira, de 56 anos, que morreu espancado por quatro homens na Pedreira Prado Lopes, no dia 6 de janeiro. Edson seria usuário de drogas e teria furtado um queijo de um estabelecimento comercial do aglomerado. Filipe teria sido o mentor do crime, além de ter participado da execução, assim como Reginaldo. De acordo com testemunhas, os traficantes ordenaram que a polícia não fosse chamada. Toda a ação foi flagrada por câmeras de vigilância do Programa Olho Vivo.

Filipe já vinha sendo monitorado pela polícia e foi localizado na noite do dia 29, em uma festa realizada por ele, na Avenida Raja Gabaglia, no Bairro Santa Lúcia, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte. Ele tentou fugir e foi preso após intensa perseguição na BR-040.
Já Reginaldo foi preso no dia 30, em sua casa, na pedreira, em cumprimento de mandado de prisão. Os dois estão presos temporariamente, por 30 dias.

De acordo com a Polícia Civil, Filipe já possuía antecedentes criminais por outros cinco homicídios consumados, tráfico de drogas, associação para o tráfico, coação no curso do processo e receptação. Ele já foi condenado por homicídio tentado e associação para o tráfico. Já Reginaldo possuía antecedentes por crimes de trânsito.

Segundo o delegado que preside as investigações, Murillo Ribeiro de Lima, da 4ª Delegacia de Polícia Civil Noroeste, as prisões exercem efeitos consideráveis no cotidiano do aglomerado, enfraquecendo o domínio de tal organização criminosa no local. No entanto, o delegado alerta que é necessária a intensificação das investigações, impedindo que os criminosos se restabeleçam ou que grupos rivais passem a gerenciar o comércio de drogas. As investigações agora prosseguem, com o objetivo de identificar e localizar os demais envolvidos no homicídio..