Depois do trabalho, hora de cair na folia.
A cor vermelha é a marca registrada do bloco carnavalesco que nasceu de um grupo de estudo sobre o timbau, instrumento muito usado na cultura africana e em rituais religiosos como no candomblé e umbanda. A pedagoga Priscila Bahiense, de 29 anos, está vestida de melindrosa, tudo vermelho, até a peruca.
A estudante Ariana Ribeiro, de 25, usa um enorme turbante vermelho e se diverte com o ritmo baiana do Timbau. "Tenho vários conhecidos tocando. Muitos são de outros blocos e criaram o Roda de Timbau" disse Ariana.
No palco em concreto construído com a reforma do viaduto, há alguns anos, o grupo toca também surdo, repique e caixa, mas o timbau reina absoluto.
Quem olha a placa "El Grande Pinto de Graça" pode até pensar maldade, mas não é. O restaurador Ronie Nogueira Carvalho, de 49 anos, pinta rosto, braços e outras partes do corpo se o folião quiser.
O auditor de vendas Ekson Wallace Carvalho, de 23; ganhou uma pintura tribal no rosto e no braço. Já o designer gráfico Lucas Henrique Pereira, de 19, ganhou uma pintura egípcia no rosto. "Até hoje os índios usam a pintura em suas festas. Traz uma energia muito boa , contagiante" disse..