O Ministério Público Estadual (MPE) pode pedir a transferência de líderes do tráfico de drogas do Aglomerado da Serra, em Belo Horizonte, para unidades prisionais de Minas que tenham regime disciplinar diferenciado. A medida é uma das que podem ser tomadas pelo órgão para combater a guerra do tráfico que tem assustado moradores da comunidade, segundo o promotor Peterson Queiroz Araújo, do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco). Ele participou ontem de uma reunião em uma unidade da Áreas Integradas de Segurança Pública (Aisp), no aglomerado. Nos últimos dias, a Serra tem sido alvo de constantes operações da PM contra ação de traficantes que travaram uma guerra pelo controle de bocas de fumo. A violência mudou a rotina na região, afetando serviços de atendimento à população.
Segundo o promotor, o MP já trabalha com as polícias Militar e Civil na apuração dos responsáveis pelo comando do tráfico na região. “No caso do Ministério Público, ele atua com base nas informações recebidas da Polícia Civil e da Polícia Militar para adoção das medidas judiciais cabíveis, como prisão preventiva, indisponibilidade de bens. Havendo chefes do tráfico que estão presos, eles podem ser encaminhados para regime disciplinar diferenciado em outras cidades do estado”, explicou.
O promotor observou que o MP não precisa ser provocado para agir no Aglomerado da Serra. No entanto, as ações devem estar fundamentadas em provas. “Ao MP, incumbe processar as informações, acompanhar as investigações, investigar por conta própria e levar a demanda ao Judiciário para a punição dos responsáveis”.Segundo o delegado Frederico Abelha, da Delegacia Regional Sul de BH, já foram identificados três suspeitos de chefiar o tráfico na Serra. De acordo com as investigações, Wender Wesley Ferreria, conhecido como “Peixinho”, seria o líder da gangue da Rua Sacramento e, segundo a Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds), ele está detido no Presídio Inspetor José Martinho Drumond, em Ribeirão das Neves, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, desde 10 de dezembro.
Apesar de preso, Wesley estaria coordenando o grupo em guerra com a gangue da Rua Bandonion, na Vila Cafezal, que teria o comando de Clebio Pereira Rosa, o “Clebinho”. De acordo com a polícia, o suspeito já é procurado e está com um mandado de prisão em aberto, depois de sido liberado do Presídio de São Joaquim de Bicas, em 30 de dezembro de 2015. Um terceiro suspeito, conhecido como “Ceará”, também é investigado pelas autoridades.
Abelha contou que o modo de agir dos chefes do tráfico tem dificultado a prisão deles.”Os líderes não atuam na linha de frente. Eles organizam as ações das gangues. Além disso, têm uma visão privilegiada do aglomerado, o que facilita a fuga”. disse. Ainda segundo o delegado, as operações de combate ao tráfico conduzidas pela Polícia Civil ocorrem pelo menos uma vez por mês no aglomerado. O deputado Sargento Rodrigues participou do encontro na Serra e cobrou reforço no policiamento na comunidade. O parlamentar prometeu elaborar um relatório sobre as condições de trabalho da PM no aglomerado e vai encaminhar para o comando da corporação. De acordo com a PM, o policiamento foi mantido ontem no aglomerado, com diferentes momentos de incursão dos militares dos batalhões envolvidos na operação, e o clima foi de normalidade no complexo de favelas.
NO ALVO
Balanço das ações da PM na região nos últimos dias
27 de janeiro – Um maior preso
28 de janeiro – Um menor apreendido e duas munições de 9mm recolhidas
29 de fevereiro – Apreensão de uma pistola, 15 munições de 9mm e uma porção de maconha; dois presos e uma viatura alvejada
30 de janeiro – Sem prisões ou apreensões
31 de janeiro – Um menor apreendido com dois pinos de cocaína e uma porção de maconha
2 de fevereiro – Dois maiores presos, dois menores apreendidos, apreensão de mais de R$ 7 mil, 67 pedras de crack e 25 pinos de cocaína
3 de fevereiro – Sete armas apreendidas (duas .40; duas 9mm; duas pistolas 380 e outra pistola não identificada), 12 carregadores e mais 130 munições, além de porções de maconha, crack e cocaína, um celular, quatro rádios e dois carregadores de rádios. Oito maiores presos e três menores apreendidos.
4 de fevereiro – uma espingarda calibre 12 apreendida.
Total: 19 conduzidos pela PM (13 maiores e 6 menores)
Segundo o promotor, o MP já trabalha com as polícias Militar e Civil na apuração dos responsáveis pelo comando do tráfico na região. “No caso do Ministério Público, ele atua com base nas informações recebidas da Polícia Civil e da Polícia Militar para adoção das medidas judiciais cabíveis, como prisão preventiva, indisponibilidade de bens. Havendo chefes do tráfico que estão presos, eles podem ser encaminhados para regime disciplinar diferenciado em outras cidades do estado”, explicou.
O promotor observou que o MP não precisa ser provocado para agir no Aglomerado da Serra. No entanto, as ações devem estar fundamentadas em provas. “Ao MP, incumbe processar as informações, acompanhar as investigações, investigar por conta própria e levar a demanda ao Judiciário para a punição dos responsáveis”.Segundo o delegado Frederico Abelha, da Delegacia Regional Sul de BH, já foram identificados três suspeitos de chefiar o tráfico na Serra. De acordo com as investigações, Wender Wesley Ferreria, conhecido como “Peixinho”, seria o líder da gangue da Rua Sacramento e, segundo a Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds), ele está detido no Presídio Inspetor José Martinho Drumond, em Ribeirão das Neves, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, desde 10 de dezembro.
Apesar de preso, Wesley estaria coordenando o grupo em guerra com a gangue da Rua Bandonion, na Vila Cafezal, que teria o comando de Clebio Pereira Rosa, o “Clebinho”. De acordo com a polícia, o suspeito já é procurado e está com um mandado de prisão em aberto, depois de sido liberado do Presídio de São Joaquim de Bicas, em 30 de dezembro de 2015. Um terceiro suspeito, conhecido como “Ceará”, também é investigado pelas autoridades.
Abelha contou que o modo de agir dos chefes do tráfico tem dificultado a prisão deles.”Os líderes não atuam na linha de frente. Eles organizam as ações das gangues. Além disso, têm uma visão privilegiada do aglomerado, o que facilita a fuga”. disse. Ainda segundo o delegado, as operações de combate ao tráfico conduzidas pela Polícia Civil ocorrem pelo menos uma vez por mês no aglomerado. O deputado Sargento Rodrigues participou do encontro na Serra e cobrou reforço no policiamento na comunidade. O parlamentar prometeu elaborar um relatório sobre as condições de trabalho da PM no aglomerado e vai encaminhar para o comando da corporação. De acordo com a PM, o policiamento foi mantido ontem no aglomerado, com diferentes momentos de incursão dos militares dos batalhões envolvidos na operação, e o clima foi de normalidade no complexo de favelas.
NO ALVO
Balanço das ações da PM na região nos últimos dias
27 de janeiro – Um maior preso
28 de janeiro – Um menor apreendido e duas munições de 9mm recolhidas
29 de fevereiro – Apreensão de uma pistola, 15 munições de 9mm e uma porção de maconha; dois presos e uma viatura alvejada
30 de janeiro – Sem prisões ou apreensões
31 de janeiro – Um menor apreendido com dois pinos de cocaína e uma porção de maconha
2 de fevereiro – Dois maiores presos, dois menores apreendidos, apreensão de mais de R$ 7 mil, 67 pedras de crack e 25 pinos de cocaína
3 de fevereiro – Sete armas apreendidas (duas .40; duas 9mm; duas pistolas 380 e outra pistola não identificada), 12 carregadores e mais 130 munições, além de porções de maconha, crack e cocaína, um celular, quatro rádios e dois carregadores de rádios. Oito maiores presos e três menores apreendidos.
4 de fevereiro – uma espingarda calibre 12 apreendida.
Total: 19 conduzidos pela PM (13 maiores e 6 menores)