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Estado de Minas

Confusão na Praça ABC marca madrugada de medo na região da Savassi

Bombas de gás, tiros com balas de borracha, sprays de pimenta e pedradas: assim terminou a festa na madrugada de ontem num dos principais pontos de concentração do carnaval em BH


postado em 10/02/2016 06:00 / atualizado em 10/02/2016 08:37

Polícia ocupou as esquinas das avenidas Afonso Pena e Getúlio Vargas pouco antes da 1h, após festa de Momo se transformar em baile funk no local(foto: Tulio Santos/EM/D.A Press)
Polícia ocupou as esquinas das avenidas Afonso Pena e Getúlio Vargas pouco antes da 1h, após festa de Momo se transformar em baile funk no local (foto: Tulio Santos/EM/D.A Press)

A Praça ABC, na esquina das avenidas Afonso Pena e Getúlio Vargas, foi palco de uma batalha na madrugada de ontem. Pouco antes da 1h, policiais militares e parte de uma multidão entraram em confronto. Houve pânico, correria e uso de sprays de pimenta, bombas de gás e tiros com balas de borracha. Pedras e garrafas de vidro também viraram armas. Algumas pessoas tiveram ferimentos leves. Ninguém foi detido.


A PM afirma que a confusão começou depois que o carnaval no local, um dos principais pontos de encontro dos foliões na capital, deu lugar a uma espécie de bailinho funk. A corporação sustenta que donos de veículos não gostaram da ordem para reduzir o volume dos sons e atiraram pedras e garrafas contra os policiais, que revidaram. Mas há outra versão.

“Por volta das 20h de segunda-feira, o perfil dos foliões no lugar começou a mudar, de marchinhas para funk. Havia muitos carros com som alto. A corporação interveio em princípios de tumultos”, disse o capitão Flávio Santiago, chefe da sala de imprensa da corporação. Até aquele momento, segundo o policial, não houve ocorrências relevantes.

Já no início da madrugada, continuou o capitão, a PM foi acionada para intervir no que moradores da região teriam classificado como baderna. “Pedimos aos donos dos veículos que diminuíssem o volume das músicas. Alguns arremessaram garrafas e pedras contra os policiais, que revidaram”.

Dona Eliana, uma vendedora de cerveja credenciada pela prefeitura, estava no local durante a confusão. Ela sustenta outra versão. Para a ambulante, a violência começou depois de um homem ser abordado por militares na Getúlio Vargas.

“Eles (o rapaz e os policiais) conversaram por algum tempo – não sei qual o assunto. O homem foi empurrado (por um militar) e caiu. Um policial bateu nele. Talvez a PM tenha se precipitado. Pensou que o pessoal interviria. E disparou um jato de spray de pimenta no povo. Eu estava perto. Meus olhos arderam”, relata a mulher.

A partir daí, destaca Eliana, a confusão ficou maior. Dezenas de viaturas, um microônibus e até um helicóptero da corporação se deslocaram para a praça. Houve correria e pânico. Bombas de gás, garrafas e pedras foram arremessadas. Tiros de borracha atingiram algumas pessoas, como um vendedor de bebidas. “Acertou a minha perna”, mostrou o ferimento.

Pessoas foram abordadas e veículos parados. A gritaria chamou a atenção de famílias que moram em prédios vizinhos à Praça ABC. Muitos chegaram às janelas e viram dezenas de jovens descerem a Afonso Pena correndo. Foram em direção ao Centro, onde a PM também fez abordagens.

O término da aglomeração de pessoas na Praça ABC foi bem diferente do início da concentração de foliões, na tarde do dia anterior. Por volta das 16h, uma multidão já havia ocupado o lugar. Para se ter ideia, a BHTrans precisou interditar o trânsito de veículos na pista da Afonso Pena, em direção ao Bairro Mangabeiras, e nos dois sentidos da Getúlio Vargas.

O capitão avaliou que, de forma geral, o carnaval em BH foi seguro: “Mais de 500 blocos e a PM garantiu um carnaval esplendoroso na cidade”. Apenas outra ocorrência relevante foi registrada durante os dias e na véspera da folia. Na quinta-feira, durante um desfile do bloco Bicicletinha, uma confusão entre ciclistas e militares, na Praça Raul Soares, terminou com um integrante detido.

Mulher é feita refém em assalto

Uma mulher de 53 anos passou por momentos de horror na manhã de ontem, quando sua casa foi invadida por três assaltantes, no bairro Santa Lúcia, região Centro Sul de Belo Horizonte. Ela contou aos policiais que acordou no início da tarde com o barulho dos criminosos arrombando o portão de sua casa. Eles estavam com um revólver e uma faca e prenderam a moradora dentro do banheiro. O grupo roubou um carro Ford Fiesta e levaram aparelhos eletrônicos, jóias e relógios. Militares que patrulham a região mostraram para a vítima fotos de possíveis suspeitos que são conhecidos na região e ela identificou um menor de idade como um dos participantes do assalto. Até a noite de ontem, ninguém foi preso.


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