“Só sei que nossa brincadeira está ficando séria. Temos investido bastante e é uma delícia. Fantasiar-se, pular o carnaval com os amigos. O carnaval de Belo Horizonte está crescendo cada vez mais. Com o tempo, os desafios vão aparecendo.
As fantasias escolhidas para 2016 foram Cleópatra, Branca de Neve e Bombeira. Se um ou outro elemento se repete, a única constância em todos os looks é um enorme leque. Porque sim, não basta estar fantasiado, o trio já chega à multidão causando, com coreografia com os abanadores gigantes nas mãos.
Os amigos se atrasaram, mas ainda conseguiram pegar duas horas de desfile, o suficiente para brilhar. Fantasiados de Cléopatra, abusaram das cores do bloco, com todos os detalhes em rosa e dourado. “É interessante como quando você sai fantasiado com outras pessoas chama muito mais atenção”, observou Lucas. Eles perderam as contas de quantas vezes posaram para flashes alheios. “É legal, porque a pessoa consegue guardar uma lembrança mais colorida e mais alegre do carnaval”.
“O povo fez fila para tirar fotos com eles”, contou a amiga Carine Rodrigues Moraes. Ela também é de Montes Claros e se diverte com o fuzuê causado pelos amigos. “Quando eles abrem o leque, todo mundo olha. Eu adoro, porque pego um restinho do brilho deles”, brincou.
“Estava calor demais.
Para a segunda-feira, o plano inicial era acompanhar o desfile do Baianas Ozadas.
A terça-feira foi dia de perda total. O cansaço bateu e o trio não conseguiu chegar junto para a saída do Bloco Peixoto, em Santa Efigênia. Encontraram-se já no final do percurso, nos arredores do Bar Brasil 41. De toda forma, foi dia de folga de fantasias e maquiagens. Mesmo com roupa comum, Lucas Viggiani encarnou os acessórios que fizeram dele um Minion, personagem do filme Meu malvado favorito.
O plano para a quarta-feira cinzas é encarar o Bloco do Manjericão. Mais uma vez, Lucas, Antônio e João deixarão as fantasias elaboradas de lado. Mas não abandonarão os leques. Jamais. Estes foram os fiéis escudeiros deste carnaval.
O charme bairrista do Peixoto
Enquanto a maioria dos blocos de BH precisou enfrentar o crescimento além do previsto, o Peixoto conservou seu charme bairrista. De acordo com a Polícia Militar, cerca de 5 mil foliões seguiram a bateria, que começou a tocar nas imediações do Colégio Arnaldo, avançou pela Avenida Carandaí, Rua Maranhão e depois se embrenhou pelas ruas do Bairro Santa Efigênia até chegar à Praça Floriano Peixoto. A tradição das marchinhas esteve mantida, assim como o formato. O Peixoto nunca teve e nem foi desta vez que precisou usar carro de som. Não combina com o bloco, nascido em 2009. A concentração começou às 13h e, por volta das 18h, chegou ao Bar Brasil 41, na Avenida Brasil. O destaque foram fantasias de índios e o bom humor da vizinhança. Enquanto a multidão caminhava, muitos moradores ofereceram banhos refrescantes de mangueiras. É carnaval e todo mundo entrou na dança. .