Muita folia para pouca fantasia. Mas o trio formado pelo professor de inglês Antônio de Lima Júnior, o fotógrafo e publicitário Lucas Viggiani e o bailarino João Gabriel não tem dúvidas: este foi mais um carnaval inesquecível que fez valer toda a maratona. Os três são de Montes Claros e há três anos passam a folia na capital. No caso deles, fantasia de carnaval é sinônimo de muita troca de ideias, elaboração e, claro, mão na massa.
“Só sei que nossa brincadeira está ficando séria. Temos investido bastante e é uma delícia. Fantasiar-se, pular o carnaval com os amigos. O carnaval de Belo Horizonte está crescendo cada vez mais. Com o tempo, os desafios vão aparecendo. Falta um pouco de infraestrutura, mas a festa está linda demais”, avaliou Antônio de Lima.
As fantasias escolhidas para 2016 foram Cleópatra, Branca de Neve e Bombeira. Se um ou outro elemento se repete, a única constância em todos os looks é um enorme leque. Porque sim, não basta estar fantasiado, o trio já chega à multidão causando, com coreografia com os abanadores gigantes nas mãos.
O carnaval deles começou na sexta-feira, na Savassi. “Queimamos um pouco a largada. Ficamos até tarde e, consequentemente, chegamos atrasados ao Então, brilha!”, contou Lucas. O bloco antecipou a saída e às 8h30 já estava na Rua Guaicurus, tradicional ponto de partida e abertura oficial do carnaval de Belo Horizonte.
Os amigos se atrasaram, mas ainda conseguiram pegar duas horas de desfile, o suficiente para brilhar. Fantasiados de Cléopatra, abusaram das cores do bloco, com todos os detalhes em rosa e dourado. “É interessante como quando você sai fantasiado com outras pessoas chama muito mais atenção”, observou Lucas. Eles perderam as contas de quantas vezes posaram para flashes alheios. “É legal, porque a pessoa consegue guardar uma lembrança mais colorida e mais alegre do carnaval”.
“O povo fez fila para tirar fotos com eles”, contou a amiga Carine Rodrigues Moraes. Ela também é de Montes Claros e se diverte com o fuzuê causado pelos amigos. “Quando eles abrem o leque, todo mundo olha. Eu adoro, porque pego um restinho do brilho deles”, brincou.
“Estava calor demais. Tinha muita gente, mas fizemos sucesso porque desfilamos horrores”, diz João Gabriel sobre a experiência no Então, brilha.! Para Antônio Júnior, logo na participação do Brilha ficou nítido o quanto o carnaval de BH atingiu outra proporção. “Veio para ficar mesmo”, aposta.
Domingo foi dia de acordar mais tarde. O primeiro compromisso foi às 14h, no Bloco Ordináááários. É outro com o qual fazem questão de manter fidelidade. No repertório, só axé de raiz. Além de ser o estilo musical carnavalesco preferido de Lucas, foi nesse bloco que o trio de Montes Claros chamou mais atenção. “Fomos de Branca de Neve e fizemos um sucesso tremendo”, contou. Como se não bastasse a fantasia, com direito a saia de tule amarela, os rapazes cantaram a música tema do clássico dos Irmãos Grimm e arrasaram na coreografia. “Foi muito divertido. O Ordináááários foi o ápice do nosso carnaval”, definiu Lucas.
Para a segunda-feira, o plano inicial era acompanhar o desfile do Baianas Ozadas. Como prometia lotação, resolveram mudar de bloco e experimentar o Corte Devassa, criado pela classe teatral de Belo Horizonte. “Estávamos no meio daquilo tudo, vestidos de bombeiras. Talvez no ano que vem a gente volte com uma fantasia mais elaborada, no estilo deles”, planeja Lucas. Depois do Corte, ainda sobrou energia para conhecer a estreia do Garotas Solteiras no carnaval da capital mineira. Outro que foi aprovado pelo trio.
A terça-feira foi dia de perda total. O cansaço bateu e o trio não conseguiu chegar junto para a saída do Bloco Peixoto, em Santa Efigênia. Encontraram-se já no final do percurso, nos arredores do Bar Brasil 41. De toda forma, foi dia de folga de fantasias e maquiagens. Mesmo com roupa comum, Lucas Viggiani encarnou os acessórios que fizeram dele um Minion, personagem do filme Meu malvado favorito.
O plano para a quarta-feira cinzas é encarar o Bloco do Manjericão. Mais uma vez, Lucas, Antônio e João deixarão as fantasias elaboradas de lado. Mas não abandonarão os leques. Jamais. Estes foram os fiéis escudeiros deste carnaval.
O charme bairrista do Peixoto
Enquanto a maioria dos blocos de BH precisou enfrentar o crescimento além do previsto, o Peixoto conservou seu charme bairrista. De acordo com a Polícia Militar, cerca de 5 mil foliões seguiram a bateria, que começou a tocar nas imediações do Colégio Arnaldo, avançou pela Avenida Carandaí, Rua Maranhão e depois se embrenhou pelas ruas do Bairro Santa Efigênia até chegar à Praça Floriano Peixoto. A tradição das marchinhas esteve mantida, assim como o formato. O Peixoto nunca teve e nem foi desta vez que precisou usar carro de som. Não combina com o bloco, nascido em 2009. A concentração começou às 13h e, por volta das 18h, chegou ao Bar Brasil 41, na Avenida Brasil. O destaque foram fantasias de índios e o bom humor da vizinhança. Enquanto a multidão caminhava, muitos moradores ofereceram banhos refrescantes de mangueiras. É carnaval e todo mundo entrou na dança.
“Só sei que nossa brincadeira está ficando séria. Temos investido bastante e é uma delícia. Fantasiar-se, pular o carnaval com os amigos. O carnaval de Belo Horizonte está crescendo cada vez mais. Com o tempo, os desafios vão aparecendo. Falta um pouco de infraestrutura, mas a festa está linda demais”, avaliou Antônio de Lima.
As fantasias escolhidas para 2016 foram Cleópatra, Branca de Neve e Bombeira. Se um ou outro elemento se repete, a única constância em todos os looks é um enorme leque. Porque sim, não basta estar fantasiado, o trio já chega à multidão causando, com coreografia com os abanadores gigantes nas mãos.
O carnaval deles começou na sexta-feira, na Savassi. “Queimamos um pouco a largada. Ficamos até tarde e, consequentemente, chegamos atrasados ao Então, brilha!”, contou Lucas. O bloco antecipou a saída e às 8h30 já estava na Rua Guaicurus, tradicional ponto de partida e abertura oficial do carnaval de Belo Horizonte.
Os amigos se atrasaram, mas ainda conseguiram pegar duas horas de desfile, o suficiente para brilhar. Fantasiados de Cléopatra, abusaram das cores do bloco, com todos os detalhes em rosa e dourado. “É interessante como quando você sai fantasiado com outras pessoas chama muito mais atenção”, observou Lucas. Eles perderam as contas de quantas vezes posaram para flashes alheios. “É legal, porque a pessoa consegue guardar uma lembrança mais colorida e mais alegre do carnaval”.
“O povo fez fila para tirar fotos com eles”, contou a amiga Carine Rodrigues Moraes. Ela também é de Montes Claros e se diverte com o fuzuê causado pelos amigos. “Quando eles abrem o leque, todo mundo olha. Eu adoro, porque pego um restinho do brilho deles”, brincou.
“Estava calor demais. Tinha muita gente, mas fizemos sucesso porque desfilamos horrores”, diz João Gabriel sobre a experiência no Então, brilha.! Para Antônio Júnior, logo na participação do Brilha ficou nítido o quanto o carnaval de BH atingiu outra proporção. “Veio para ficar mesmo”, aposta.
Domingo foi dia de acordar mais tarde. O primeiro compromisso foi às 14h, no Bloco Ordináááários. É outro com o qual fazem questão de manter fidelidade. No repertório, só axé de raiz. Além de ser o estilo musical carnavalesco preferido de Lucas, foi nesse bloco que o trio de Montes Claros chamou mais atenção. “Fomos de Branca de Neve e fizemos um sucesso tremendo”, contou. Como se não bastasse a fantasia, com direito a saia de tule amarela, os rapazes cantaram a música tema do clássico dos Irmãos Grimm e arrasaram na coreografia. “Foi muito divertido. O Ordináááários foi o ápice do nosso carnaval”, definiu Lucas.
Para a segunda-feira, o plano inicial era acompanhar o desfile do Baianas Ozadas. Como prometia lotação, resolveram mudar de bloco e experimentar o Corte Devassa, criado pela classe teatral de Belo Horizonte. “Estávamos no meio daquilo tudo, vestidos de bombeiras. Talvez no ano que vem a gente volte com uma fantasia mais elaborada, no estilo deles”, planeja Lucas. Depois do Corte, ainda sobrou energia para conhecer a estreia do Garotas Solteiras no carnaval da capital mineira. Outro que foi aprovado pelo trio.
A terça-feira foi dia de perda total. O cansaço bateu e o trio não conseguiu chegar junto para a saída do Bloco Peixoto, em Santa Efigênia. Encontraram-se já no final do percurso, nos arredores do Bar Brasil 41. De toda forma, foi dia de folga de fantasias e maquiagens. Mesmo com roupa comum, Lucas Viggiani encarnou os acessórios que fizeram dele um Minion, personagem do filme Meu malvado favorito.
O plano para a quarta-feira cinzas é encarar o Bloco do Manjericão. Mais uma vez, Lucas, Antônio e João deixarão as fantasias elaboradas de lado. Mas não abandonarão os leques. Jamais. Estes foram os fiéis escudeiros deste carnaval.
O charme bairrista do Peixoto
Enquanto a maioria dos blocos de BH precisou enfrentar o crescimento além do previsto, o Peixoto conservou seu charme bairrista. De acordo com a Polícia Militar, cerca de 5 mil foliões seguiram a bateria, que começou a tocar nas imediações do Colégio Arnaldo, avançou pela Avenida Carandaí, Rua Maranhão e depois se embrenhou pelas ruas do Bairro Santa Efigênia até chegar à Praça Floriano Peixoto. A tradição das marchinhas esteve mantida, assim como o formato. O Peixoto nunca teve e nem foi desta vez que precisou usar carro de som. Não combina com o bloco, nascido em 2009. A concentração começou às 13h e, por volta das 18h, chegou ao Bar Brasil 41, na Avenida Brasil. O destaque foram fantasias de índios e o bom humor da vizinhança. Enquanto a multidão caminhava, muitos moradores ofereceram banhos refrescantes de mangueiras. É carnaval e todo mundo entrou na dança.