Arrastões, roubos, furtos, tumultos, ambulantes sem licença, constrangimento ao ter muros e portarias transformados em banheiro. Dentro das condições atuais, a Savassi não está preparada para receber eventos como o carnaval, que atraiu público em torno de 40 mil pessoas por dia àquele local. A avaliação é do chefe do policiamento da região, major Renato Salgado Cintra Gil, comandante da 4ª Companhia do 1º Batalhão da Polícia Militar, que ontem fez um balanço preliminar dos problemas enfrentados pelo bairro, que destoou, no geral, do resto da cidade. “Na minha opinião, como Comandante da 4ª Companhia, que tem responsabilidade territorial sobre aquele bairro, a Savassi não é local para eventos daquela natureza. Talvez um carnaval matutino, com encerramento às 17h ou às 18h, pois até esse horário os problemas são bem menores”, afirma. Ontem, passada a festa, comerciantes e moradores cobraram mais segurança contra arrastões, ladrões de celulares e ações contra quem, mesmo com banheiros químicos à disposição, se alivia em público nos passeios e locais de acesso a comércios e residências.
Segundo o policial, os tumultos e crimes não são privilégio do carnaval. “Qualquer evento realizado na Savassi toma proporção acima do esperado. Vale ressaltar que o Bairro Savassi está cercada pelo Aglomerado da Serra e a (favela do) Papagaio, o que contribui para o aumento de crimes neste período”, disse. Segundo moradores e comerciantes, os quarteirões fechados das ruas Tomé de Souza, entre as avenidas Getúlio Vargas e Cristóvão Colombo, e Antônio de Albuquerque, entre Avenida Cristóvão Colombo e Rua Alagoas, foram os que mais tiveram registros de crimes. “Mesmo com a cavalaria, a gente via brigas e arrastões. Uma correria no meio da multidão provocada por quem queria roubar. Vi um rapaz apanhar tanto que ficou no chão todo bambo, uma cena de selvageria”, observa o comerciante João Pimenta, que é dono de um bar da região.
O comerciante confirma a avaliação do comandante do policiamento de que, à noite, os perigos são maiores na Savassi. “Era bem distinto. De manhã e de tarde, frequentava a Savassi quem queria ficar numa boa, na alegria e na paz. Era só escurecer que apareciam os ‘zumbis’, aqueles grupos de 30 mal-encarados que aprontavam, tocando funk e fazendo os arrastões. Tinha também os vendedores ambulantes ilegais que trouxeram muito prejuízo para os comerciantes que pagam impostos”, reclama João, que aponta ainda prejuízos provocados por pichações na região. “Todo final de festa é mais problemático, pois as pessoas já fizeram o uso de bebidas alcoólicas por um tempo muito grande e é nessa hora que as brigas acontecem. Trabalhei na terça-feira na Savassi e posso dizer que comparando com o ano passado, tivemos menos problemas. Às vezes, as pessoas saíam correndo, mas nem sempre era um arrastão. Lógico que ocorreram arrastões, mas muito menos que no ano de 2015”, disse o major Renato Gil, que não apresentou dados estatísticos, que, segundo o policial, ainda seriam consolidados.
Um dos poucos quarteirões que escaparam de ter portas e paredes pichadas, sujas de urina e lixo foi o da Rua Antônio de Albuquerque, entre a Avenida Cristóvão Colombo e Rua Paraíba. O motivo é a contratação de seguranças particulares pelos próprios comerciantes. “Depois da Copa do Mundo, aprendemos a nossa lição e reforçamos a segurança com vigilantes. Cada comerciante contratou dois e assim os problemas diminuíram bastante. Se a gente não tivesse feito isso e dependesse da segurança pública, acho que teríamos os mesmos problemas aqui”, disse Ana Lúcia Gomes Melo, que trabalha num restaurante de comida nordestina.
Sobre as reclamações de roubos de telefones celulares, o comandante do policiamento da Savassi avalia não ser um crime exclusivo da região e diz que os registros podem ser enganosos, apesar de muitos relatos de roubos. “No carnaval, muitas pessoas, por estarem sob o efeito de bebida alcoólica, perdem celulares e documentos pessoais, mas como as empresas só fazem o ressarcimento com ocorrência de roubo, as pessoas registram perdas como roubos”, disse. “As pessoas devem seguir as dicas de proteção que a PM sempre passa e evitar fazer o uso do aparelho no meio da multidão para não virar um alvo em potencial”.
Segundo o policial, os tumultos e crimes não são privilégio do carnaval. “Qualquer evento realizado na Savassi toma proporção acima do esperado. Vale ressaltar que o Bairro Savassi está cercada pelo Aglomerado da Serra e a (favela do) Papagaio, o que contribui para o aumento de crimes neste período”, disse. Segundo moradores e comerciantes, os quarteirões fechados das ruas Tomé de Souza, entre as avenidas Getúlio Vargas e Cristóvão Colombo, e Antônio de Albuquerque, entre Avenida Cristóvão Colombo e Rua Alagoas, foram os que mais tiveram registros de crimes. “Mesmo com a cavalaria, a gente via brigas e arrastões. Uma correria no meio da multidão provocada por quem queria roubar. Vi um rapaz apanhar tanto que ficou no chão todo bambo, uma cena de selvageria”, observa o comerciante João Pimenta, que é dono de um bar da região.
O comerciante confirma a avaliação do comandante do policiamento de que, à noite, os perigos são maiores na Savassi. “Era bem distinto. De manhã e de tarde, frequentava a Savassi quem queria ficar numa boa, na alegria e na paz. Era só escurecer que apareciam os ‘zumbis’, aqueles grupos de 30 mal-encarados que aprontavam, tocando funk e fazendo os arrastões. Tinha também os vendedores ambulantes ilegais que trouxeram muito prejuízo para os comerciantes que pagam impostos”, reclama João, que aponta ainda prejuízos provocados por pichações na região. “Todo final de festa é mais problemático, pois as pessoas já fizeram o uso de bebidas alcoólicas por um tempo muito grande e é nessa hora que as brigas acontecem. Trabalhei na terça-feira na Savassi e posso dizer que comparando com o ano passado, tivemos menos problemas. Às vezes, as pessoas saíam correndo, mas nem sempre era um arrastão. Lógico que ocorreram arrastões, mas muito menos que no ano de 2015”, disse o major Renato Gil, que não apresentou dados estatísticos, que, segundo o policial, ainda seriam consolidados.
Um dos poucos quarteirões que escaparam de ter portas e paredes pichadas, sujas de urina e lixo foi o da Rua Antônio de Albuquerque, entre a Avenida Cristóvão Colombo e Rua Paraíba. O motivo é a contratação de seguranças particulares pelos próprios comerciantes. “Depois da Copa do Mundo, aprendemos a nossa lição e reforçamos a segurança com vigilantes. Cada comerciante contratou dois e assim os problemas diminuíram bastante. Se a gente não tivesse feito isso e dependesse da segurança pública, acho que teríamos os mesmos problemas aqui”, disse Ana Lúcia Gomes Melo, que trabalha num restaurante de comida nordestina.
Sobre as reclamações de roubos de telefones celulares, o comandante do policiamento da Savassi avalia não ser um crime exclusivo da região e diz que os registros podem ser enganosos, apesar de muitos relatos de roubos. “No carnaval, muitas pessoas, por estarem sob o efeito de bebida alcoólica, perdem celulares e documentos pessoais, mas como as empresas só fazem o ressarcimento com ocorrência de roubo, as pessoas registram perdas como roubos”, disse. “As pessoas devem seguir as dicas de proteção que a PM sempre passa e evitar fazer o uso do aparelho no meio da multidão para não virar um alvo em potencial”.