Secretaria de Estado da Saúde atualiza balanço do zika vírus em Minas

Novos exames descartaram doença em recém-nascido de Curvelo, na Região Central. Gestante de Ubá, na Zona da Mata, teve contágio confirmado oficialmente. Pacientes de Ituiutaba e Juiz de Fora têm testes positivos em laboratórios particulares

João Henrique do Vale
Novos exames realizados em um recém-nascido com microcefalia de Curvelo, na Região Central de Minas Gerais, descartaram a contaminação por zika vírus.
Diante do resultado, a Secretaria de Estado da Saúde (SES) retirou o caso do balanço sobre a doença. Agora, apenas uma gestante de Ubá, na Zona da Mata, teve o contágio confirmado oficialmente no estado. Mas o número pode ser maior. Laboratórios particulares já confirmaram a contaminação por zika em dois pacientes de Juiz de Fora, na Zona da Mata, e outro em Ituiutaba, no Triângulo Mineiro. Porém, Secretaria só considera para o balanço oficial resultados de exames realizados na Fundação Ezequiel Dias (Funed).

A Secretaria de Saúde informou nesta quinta-feira que foram notificados 68 casos no protocolo de monitoramento da microcefalia até o dias 5 deste mês. Até agora apenas um foi confirmado, o caso da gestante de Ubá, e outros 43 foram descartados.
Os demais continuam em investigação. Já em relação à febre provocada pelo zika vírus, 44 casos ainda estão em apuração e aguardam o resultado dos exames.

Em relação ao caso do bebê em que o contágio foi descartado, a secretaria informou que a criança apresentou melhoras. “Considerando que a mãe não apresentou intercorrências no pré-natal e o recém-nascido vinha apresentando crescimento e desenvolvimento dentro dos padrões de normalidade, a SES-MG e a Secretaria Municipal de Saúde de Curvelo informaram à Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e solicitaram uma revisão no diagnóstico laboratorial”, informou a pasta em nota. Segundo a SES, o novo exame deu negativo.

Dengue

Os casos prováveis de dengue em Minas Gerais seguem em alta. Já são 47.261 notificações nos primeiros 42 dias do ano. Somente em janeiro, foram 46.589, nove vezes a mais que o registrado no mesmo período do ano passado, quando o estado registrou 5.079 casos suspeitos. Em fevereiro, 672 notificações estão sendo investigadas.

A secretaria já confirmou duas mortes pela doença, em Belo Horizonte e em Patrocínio. Porém, outro caso na capital mineira deve ser incluído nos próximos balanços da doença. O caso foi confirmado na última sexta-feira pela Secretaria Municipal de Saúde (SMSA). Trata-se de um homem, de 31 anos, morador da Região Oeste, que morreu em 25 de janeiro, em hospital público.


Os sintomas tiveram início no dia 15, quando ele procurou atendimento na rede pública. Teve alta após estabilidade clínica, mas retornou alguns dias depois sem melhora do quadro, sendo transferido para outro hospital público. De acordo com o boletim da Secretaria de Saúde, houve evolução de provável infecção bacteriana associada à doença, culminando com a morte. O óbito foi confirmado por dengue segundo exame laboratorial.

Chikungunya

Até esta quinta-feira, foram notificados 203 casos de febre chikungunya. Destes, 113 foram descartados e outros 90 seguem em investigação. Nenhum caso foi confirmado neste ano. Em 2015, nove casos foram confirmados. Segundo a Secretaria de Saúde, todos foram importados de outros estados, ou seja, a contaminação não ocorreu em Minas Gerais. .