A Prefeitura de Bom Despacho, no Centro-Oeste de Minas Gerais, a 140 quilômetros de Belo Horizonte, estimulará a população a instalar armadilhas para capturar a fêmea do Aedes aegypti. A apelidada mosquitérica é feita de garrafa pet, tecido microtule, fita isolante e grãos triturados. Especialistas, contudo, alertam que os moradores devem ter cuidado, pois as armadilhas podem atrair grande número de mosquitos aos lares.

Bom Despacho foi a segunda colocada na última edição do triste ranking do Levantamento Rápido do Índice de Infestação por Aedes aegypti (LIRAa), do Ministério da Saúde. O estudo, de novembro passado, mede o percentual de residências com focos do inseto: 5,2% dos lares de Bom Despacho – a primeira colocada (6,9%) foi Pará de Minas.

De acordo com a prefeitura, 90% dos focos estão nas residências. “Se o cidadão não cuidar dos focos que estão dentro de suas casas e em seus quintais não venceremos esta batalha. Sem apoio popular nenhuma campanha será eficiente. Apenas 10 minutos por semana são suficientes para acabar com a água parada, conferir as armadilhas e matar as larvas”, disse o prefeito, Fernando Cabral.

Na segunda-feira, o projeto das armadilhas será apresentado aos professores da rede municipal. A ideia é que os educadores ensinem os alunos a montar a mosquitérica. Para ressaltar a importância do instrumento, os estudantes serão alertados da rápida procriação do inseto.

A fêmea vive aproximadamente 40 dias e produz em torno de 1,5 mil ovos. Cada mosquito contaminado pode picar, em média, 300 pessoas. Em 2014, 237 casos suspeitos ou confirmados foram registrados na cidade. Em 2015, 1.836 – crescimento de 674%.

“Manteremos os 141 agentes nas ruas, continuaremos com as campanhas, a fiscalização intensa nos imóveis,notificações e multas. Também ensinaremos ao cidadão como fazer armadilhas para acabar com o mosquito. Já sabemos como atrair a fêmea e esta armadilha é feita com base nas preferências dela”, disse..