Segundo o Corpo de Bombeiros, tudo indica que Maria Ester tentou atravessar a Rua Diorita, foi derrubada pela força da enxurrada e arrastada para debaixo de um Mitsubishi Outlander. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi chamado, mas, ao chegar ao local, constatou o óbito. Os bombeiros informaram ainda que outras pessoas e veículos foram arrastados em outros pontos da capital. Até o fechamento desta edição, porém, não havia confirmação de mais mortes ou pessoas feridas.
O Prado, onde ocorreu a morte, foi um dos bairros que registrou mais problemas durante a chuva no fim da tarde. Na Avenida Francisco Sá, que sofre há anos com alagamentos, lojas ficaram inundadas e comerciantes tiveram prejuízo.
Na Rua Euclides da Cunha, funcionárias e clientes de um salão de beleza ficaram ilhados. A água atingiu a marca de 10 centímetros na parede. Houve registro de alagamento de vias em outros pontos da capital. Na Região Noroeste, a Rua Padre Pedro Evangelista, no Coração Eucarístico, também teve pontos inundados. Houve registro de vento forte nas regiões Centro-Sul e Leste. No Alto Barroca (Oeste), os bombeiros foram chamados depois que uma casa ficou inundada na Rua Conselheiro Saraiva. O local fica próximo ao viaduto da Avenida Silva Lobo com Avenida Amazonas e, segundo os militares, o perímetro ficou todo alagado. Com o temporal, houve engarrafamentos em vários pontos da capital à noite.
FRENTE FRIA Segundo o meteorologista Luiz Ladeia, do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), as pancadas de chuva foram causadas por uma reversão da frente fria, que atuava sobre a Grande BH e seguia para as regiões Central e Norte de Minas. Em apenas uma hora, as estações automáticas da Pampulha e de Cercadinho registraram, entre as 17h e as 18h, 63 milímetros e 44 milímetros, respectivamente.
Segundo a Coordenadoria Municipal de Defesa Civil (Comdec), o volume de chuva foi maior na Região Oeste, onde ocorreu a morte. Em apenas uma hora e meia, choveu 89 milímetros..