Os antigos e constantes problemas causados pelas chuvas em Belo Horizonte vão demorar, pelo menos, 20 anos para serem solucionados. ''Há obras que serão feitas e aquelas já prontas. Mas as próximas quatro ou cinco administrações terão que continuar fazendo obras'', declarou, neste sábado, o prefeito Marcio Lacerda, ao ser perguntado se haveria uma solução imediata para os alagamentos na cidade. Na sexta-feira, uma mulher morreu ao ser arrastada pela correnteza que se formou com o temporal que atingiu BH e causou inundações.
Na manhã deste sábado, o prefeito participou da campanha nacional de mobilização ao Aedes Aegypti ao lado do ministro da Fazenda, Nelson Barbosa. Na oportunidade, ele definiu o temporal de sexta-feira como “fora do normal”, já que, segundo informações da Defesa Civil choveu 95 milímetros durante uma hora, o equivalente a metade da chuva prevista para todo o mês de fevereiro.
Uma enxurrada na Rua Diorita, no Bairro Prado, na Região Oeste de Belo Horizonte, causou a morte de Maria Ester Ribeiro, de 59 anos. De acordo com o prefeito, como ocorreu na Rua Diorita, qualquer via da cidade pode se transformar em um rio. ''O sistema de galerias fluvial não dá conta de uma situação anormal como essas'', disse. Ele também afirmou que fenômenos meteorológicos vão continuar ocorrendo.
OBRAS
Avenida Francisco Sá, ruas Erê e Jaceguaia, que estão na Bacia do Córrego dos Pintos e sofrem com inundações, aguardam obras, previstas para serem licitadas no ano passado, mas estão atrasadas. Segundo Marcio Lacerda, para essa intervenção há um custo de R$ 15 milhões, que serão destinados a reparos, revitalização e ampliação do canal. ''Estamos preparando a litação para que essa obra aconteça. É um projeto complexo, difícil e que leva tempo para ser feito'', disse, acrescentando que é necessária aprovação do Ministério da Cidade e da Caixa Econômica Federal.