Troca de tiros em Ponte Nova deixa dois feridos e um preso; PM que tentou cessar a ação também está preso

Ação está relacionada ao tráfico de drogas e os três homens envolvidos já tinham passagem pela polícia

Paula Carolina
- Foto: PM/Divulgação

Dois homens ficaram feridos e um terceiro foi preso na tarde deste sábado em Ponte Nova, na Zona da Mata. Um policial militar, que tentou conter o acerto de contas e atirou em um dos suspeitos, também está preso. Para a Polícia Militar, trata-se de mais uma ação relacionada ao tráfico de drogas.

A troca de tiros foi no início da tarde, no Centro da cidade. De acordo com o major Luiz Marinho, da 21ª Companhia Independente da Polícia Militar de Ponte Nova, dois homens trafegavam em uma motocicleta quando depararam com um desafeto, também pilotando uma moto. Eles efetuaram vários disparos contra o terceiro homem, que conseguiu ainda se deslocar até uma região próxima ao Hospital Arnaldo Gavazza, sendo perseguido pelos outros.

Mas chegando próximo ao hospital, ele parou a moto e caiu, provavelmente devido aos ferimentos. Os outros dois homens então se aproximaram.

"Um policial que estava a serviço e tinha ido almoçar em casa, que é bem perto do ocorrido, desceu e se deparou com a cena.
Ele sacou a arma e determinou que cessassem a agressão. Mas eles ainda tentaram acertar o sargento, que efetuou dois disparos e acertou um dos homens que estava na outra moto", conta o major.

- Foto: PM/DivulgaçãoEm seguida, o terceiro homem fugiu, mas foi preso e, com ele, apreendida uma pistola 9mm. Ele será apresentado à Polícia Civil com a acusação de tentativa de homicídio. "Não foi por lesão corporal porque ele atirou e ainda perseguiu o outro homem para matar", explica o major. Posteriormente também foi apreendida outra arma calibre 38.

Já o sargento que conteve a ação está preso por lesão corporal, por ter atirado em um dos suspeitos. O major Luiz Marinho esclarece que esse é um procedimento normal, mesmo o policial estando em serviço e tendo atirado para evitar a consumação do homicídio: "É o que manda a lei e tenho que cumprir. A questão ficará com a Justiça Militar e o juiz vai avaliar se dá a liberdade provisória ou não". A voz de prisão foi dada ao sargento depois de ele socorrer o criminoso e a vítima feridos e isolar o local.

A vítima foi atingida por cinco tiros e o estado de saúde é muito grave. Já o criminoso levou dois tiros e o maior perigo é de perder a visão. Os três já tinham passagem pela polícia.
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