A enxurrada que arrebatou e matou a pesquisadora Maria Ester Ribeiro, de 59 anos, no fim da tarde se formou enquanto escoava para o Ribeirão Arrudas e não para a Rua Francisco Sá, que é uma via com obras de drenagem sendo aguardadas há décadas para a antiga canalização subterrânea do Córrego dos Pintos. De acordo com a dona de casa Jandira Lopes Ribeiro, de 59, que é prima da vítima, ela ainda teria conversado com uma das duas filhas 20 minutos antes de ter sido arrastada pela força da corredeira formada pela água das chuvas. Maria Ester se dirigia a uma entrevista de emprego num instituto de pesquisa. Tinha saído de ônibus de sua casa, no Bairro Floresta, Região Leste, e foi surpreendida pela força das chuvas a apenas 10 metros do seu destino.
Ao ser questionado ontem se haveria uma solução imediata para os alagamentos na cidade, o prefeito Marcio Lacerda comentou que “há obras sendo feitas e outras terão que ser realizadas até as próximas quatro ou cinco administrações”. A Avenida Francisco Sá, ruas Erê e Jaceguaia, que estão na Bacia do Córrego dos Pintos e sofrem com inundações, aguardam obras, previstas para serem licitadas no ano passado, mas estão atrasadas. Segundo Marcio Lacerda, para essa intervenção o custo é de R$ 15 milhões, que serão destinados a reparos, revitalização e ampliação do canal. ‘’Estamos preparando a litação para que essa obra aconteça. É um projeto complexo, difícil e que leva tempo para ser feito’’, disse, acrescentando que é necessária aprovação do Ministério da Cidade e da Caixa Econômica Federal.
Segundo o 5º Distrito de Meteorologia, a previsão é de que mais temporais voltem a ocorrer a partir de amanhã. As tempestades são resultado da chegada de uma frente fria que vem do sul do país e que provoca chuvas comuns para o verão, nos fins de tarde, após forte calor durante o dia.
Vídeo mostra veículo onde a vítima ficou presa. Assista:
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