“Eu queria que essa fantasia fosse eterna.” Como se fizessem um mantra da música Baianidade nagô, milhares de foliões de Belo Horizonte se reuniram ontem no já tradicional Vira o Santo. A Praça da Estação foi tomada por cores, hinos, bandeiras e amores de ao menos 15 blocos de rua da capital mineira.
Cada bloco saiu de seu local de origem e seguiu rumo à praça de transporte público, bike ou a pé. Algumas fusões divertidas também são comuns e sempre bem-vindas. Este ano surgiu o Pula Garota Bronzeada, que uniu os blocos Pula Catraca!, Garotas Solteiras e Juventude Bronzeada. Na praça, apenas festa! O momento mais emocionante é sempre a exposição de todos os estandartes no Monumento à Civilização Mineira.
Mariana de Assis Fernandes, de 18 anos, participou da festa e esquentou seu tamborim em ao menos seis blocos no carnaval deste ano. Entre eles: Então, Brilha!, Garotas Solteiras, Pena de Pavão de Krishna, Juventude Bronzeada e Us Beethoven. O Vira o Santo foi a chance de ela se reunir com os amigos de todos esses blocos. “É uma energia muito boa. A melhor despedida do carnaval”, disse.
Jhonatan Melo, regente e músico de diversos blocos, vê o Vira o Santo como uma oportunidade de celebração de um movimento construído em conjunto. “O carnaval de BH tem uma certa solidariedade. Muitos músicos e regentes participam de vários blocos. E tem a luta em comum que é a utilização do espaço público”, disse.
Já o arquiteto Fernando Soares disse que a festa simboliza a resistência dos blocos. “A gente sabe que se dependesse das autoridades não teria. O carnaval foi reprimido com bala de borracha em 2010, 2011 e 2012”, lembrou.
Para ele, o encontro dos blocos serve ainda como um aviso para a Prefeitura de Belo Horizonte de que os foliões não vão aceitar cordas e camarotes na folia. “A gente tem causa sim. É a causa do espaço público. Convidamos as pessoas para aproveitarem a festa”, defende o arquiteto.
COMO TUDO COMEÇOU O que virou um grande encontro de grupos carnavalescos pós-carnaval surgiu ainda em 2009, como um bloco do Bairro Santo Antônio. Sílvia Herval e Juliano Sá tiveram a ideia durante uma festa que reuniu foliões e músicos em um sábado despretensioso pós-carnaval.
“Não tocávamos nada e falamos que seria um encontro de todos os blocos”, lembra Sílvia. Duas edições foram realizadas e diante do grande número de pessoas as ruas ficaram estreitas para tamanha folia. O evento acabou migrando para a praça no Centro da cidade e virou de “domínio público”.
O bloco ainda sai da Rua Cristina, no Santo Antônio, pega ônibus, passa pelo Viaduto Santa Tereza – algumas vezes com direito a fotos nos arcos – e encontra com outros tantos na Rua Sapucaí, na Floresta. O nome, além de homenagear o bairro de origem, brinca com a simpatia de virar o santo para arrumar namorado e também para começar o ano. “É ainda uma despedida. Virou uma ‘familiona’”, resume Sílvia.
Cada bloco saiu de seu local de origem e seguiu rumo à praça de transporte público, bike ou a pé. Algumas fusões divertidas também são comuns e sempre bem-vindas. Este ano surgiu o Pula Garota Bronzeada, que uniu os blocos Pula Catraca!, Garotas Solteiras e Juventude Bronzeada. Na praça, apenas festa! O momento mais emocionante é sempre a exposição de todos os estandartes no Monumento à Civilização Mineira.
Mariana de Assis Fernandes, de 18 anos, participou da festa e esquentou seu tamborim em ao menos seis blocos no carnaval deste ano. Entre eles: Então, Brilha!, Garotas Solteiras, Pena de Pavão de Krishna, Juventude Bronzeada e Us Beethoven. O Vira o Santo foi a chance de ela se reunir com os amigos de todos esses blocos. “É uma energia muito boa. A melhor despedida do carnaval”, disse.
Jhonatan Melo, regente e músico de diversos blocos, vê o Vira o Santo como uma oportunidade de celebração de um movimento construído em conjunto. “O carnaval de BH tem uma certa solidariedade. Muitos músicos e regentes participam de vários blocos. E tem a luta em comum que é a utilização do espaço público”, disse.
Já o arquiteto Fernando Soares disse que a festa simboliza a resistência dos blocos. “A gente sabe que se dependesse das autoridades não teria. O carnaval foi reprimido com bala de borracha em 2010, 2011 e 2012”, lembrou.
Para ele, o encontro dos blocos serve ainda como um aviso para a Prefeitura de Belo Horizonte de que os foliões não vão aceitar cordas e camarotes na folia. “A gente tem causa sim. É a causa do espaço público. Convidamos as pessoas para aproveitarem a festa”, defende o arquiteto.
COMO TUDO COMEÇOU O que virou um grande encontro de grupos carnavalescos pós-carnaval surgiu ainda em 2009, como um bloco do Bairro Santo Antônio. Sílvia Herval e Juliano Sá tiveram a ideia durante uma festa que reuniu foliões e músicos em um sábado despretensioso pós-carnaval.
“Não tocávamos nada e falamos que seria um encontro de todos os blocos”, lembra Sílvia. Duas edições foram realizadas e diante do grande número de pessoas as ruas ficaram estreitas para tamanha folia. O evento acabou migrando para a praça no Centro da cidade e virou de “domínio público”.
O bloco ainda sai da Rua Cristina, no Santo Antônio, pega ônibus, passa pelo Viaduto Santa Tereza – algumas vezes com direito a fotos nos arcos – e encontra com outros tantos na Rua Sapucaí, na Floresta. O nome, além de homenagear o bairro de origem, brinca com a simpatia de virar o santo para arrumar namorado e também para começar o ano. “É ainda uma despedida. Virou uma ‘familiona’”, resume Sílvia.