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Estado de Minas

Rapaz baleado em área de traficantes rivais motivou conflitos no Aglomerado da Serra

Ataque foi estopim para conflito que tirou sossego de moradores da comunidade na Região Centro-Sul de BH. Traficantes foram apresentados pela Polícia Civil


postado em 15/02/2016 13:18 / atualizado em 15/02/2016 14:04

(foto: Max Batista da Silva e Cleiton dos Santos da Silva)
(foto: Max Batista da Silva e Cleiton dos Santos da Silva)
Um rapaz que foi baleado ao entrar em uma área comandada por traficantes rivais foi o estopim para o conflito de gangues no Aglomerado da Serra, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte. Segundo a Polícia Civil, a vítima, identificada como "Batata", foi atacada quando levava a namorada de moto até a Rua Sacramento, cerca de 10 dias antes do confronto que assustou a comunidade no mês passado.

Cleiton dos Santos Silva e Max Batista da Silva, dois traficantes ligados às gangues que disputam os pontos de tráfico na região, foram apresentados na manhã desta segunda-feira.

Após se recuperar, "Batata" procurou Cleiton, que foi atrás de integrantes do grupo da Sacramento para tirar satisfação. Ao suspeito, que tem relação com os líderes do tráfico da Rua Bandonion, na Vila Cafezal, integrantes da gangue rival disseram que não gostariam da presença de "estranhos" na região comandada por eles.

Foragido da Justiça desde 2012, Cleiton é acusado de ser o autor de dois homicídios na Vila Acaba Mundo, Região Centro-Sul da capital, em 2011. Já Max da Silva foi condenado por tráfico e é irmão de Cleiton por parte de pai.

Ambos foram presos na última sexta-feira, em um sítio em Ribeirão das Neves, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Segundo a polícia, no local, 23 pessoas participavam de uma festa, sendo que 12 foram conduzidas para a delegacia. Dessas, 10 são moradores da Serra. A polícia não encontrou arma nem drogas no sítio.

A Polícia Civil anunciou ainda que vai mapear pelos menos seis gangues que atuam no aglomerado. Cleiton negou envolvimento com a guerra do tráfico na Serra e disse desconhecer que fuzis estejam em poder de traficantes da região.


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