O avanço da dengue em Juiz de Fora, na Região da Zona da Mata, vem assustando os moradores. A Secretaria Municipal de Saúde confirmou nesta segunda-feira que o município já registrou duas mortes por causa da doença neste ano. A última foi no fim de semana, quando uma adolescente de 13 anos faleceu na Santa Casa de Misericórdia. O outro caso é de uma idosa que morreu em janeiro. A cidade está em estado de emergência por causa da proliferação do mosquito Aedes aegypti, que além da dengue, transmite a zika e o chikungunya.
Minas Gerais registrou até 5 de fevereiro 47.261 casos prováveis de dengue, que envolvem confirmações e suspeitas da doença. O número é mais de três vezes maior que o registrado nos dois primeiros meses do ano passado, quando o Estado teve 14.460 notificações. Até o último boletim, a Secretaria de Estado de Saúde tinha contabilizado duas mortes, sendo uma em Belo Horizonte e outra em Patrocínio, no Alto Paranaíba. Não foi incluído, ainda, outra morte na capital mineira, que foi confirmado pela Secretaria Municipal de Saúde (SMSA). Trata-se de um homem de 31 anos morador da Região Oeste, que faleceu em 25 de janeiro em hospital público.
Além da dengue, a cidade também se preocupa com o zika. Na última semana, o prefeito Bruno Siqueira (PMDB) confirmou o segundo caso da doença na cidade. De acordo com o administrador municipal, a gestante de 33 anos, está com 14 semanas de gravidez, e contraiu o vírus na cidade. Ela já está em casa, onde recebe assistência e está sendo observada. No dia anterior, a Secretaria Municipal de Saúde já tinha confirmado o caso da doença em uma mulher de 35 anos, que está grávida, e esteve na cidade de Rio das Ostras, no Rio de Janeiro, onde foi infectada pelo zika. Ela está em casa, recebendo atendimento.
Combate
Por causa da proliferação do mosquito Aedes aegypti, Juiz de Fora decretou situação de emergência no final de janeiro. Nesta segunda-feira, foram iniciadas atividades no Centro de Hidratação do PAM Andradas. A unidade vai funcionar 24 horas por dia. Na próxima semana, outro centro começará a funcionar na antiga policlínica de Benfica. Cada um deles conta com 20 leitos e 60 cadeiras. Além da consulta nos locais os pacientes em observação também receberão um kit para hidratação em casa.
Com o pedido de ajuda ao governo estadual, mais 50 agentes de endemias vão ser contratados para se juntarem aos outros 150 profissionais que atualmente atuam na cidade. Os trabalhos serão realizados em conjunto com 70 militares do exército que receberam treinamento e já estão na atividade desde 18 de janeiro.