O procurador destacou que o acordo diminuirá o tempo para que tenha início o processo de recuperação, uma vez que a ação na Justiça poderia se arrastar por anos. “Não adiantam soluções tradicionais para recuperação do maior desastre ambiental do Brasil. O acordo garante velocidade de ação. É a melhor solução”, defende. Segundo ele, faltam algumas tratativas para chegar ao consenso sobre a extensão e o prazo para a concretização das providências.
O acordo articula ações de recuperação em dois eixos: socioeconômico e socioambiental.
No eixo socioeconômico, deverão ser executadas ações para recuperar estruturas de uso coletivo nos locais atingidos pela lama, como praças, ruas e escolas. Os modos de vida e sobrevivência das comunidades ribeirinhas, pequenos produtores e comunidades indígenas também terão que ser restabelecidos. Outra vertente conterá ações para fomentar a cultura e o turismo das cidades atingidas, como Mariana. “Não há divergência quanto à importância dessas ações. Estamos detalhando o conteúdo. As empresas estão fazendo esforço imenso no sentido de convergência”, afirmou o procurador. Segundo ele, o acordo não estabelece valores. “Serão empregados os montantes necessários para a realização dos programas, que podem superar os R$ 20 bilhões inicialmente previstos na ação.”
Em nota, a Samarco e suas acionistas, Vale e BHP Billiton, confirmaram estar trabalhando com as autoridades federais e estaduais em um acordo.
inquérito A Polícia Civil de Minas Gerais pediu à Justiça, pela terceira vez, mais prazo para a conclusão do inquérito que apura as causas do rompimento da barragem da Samarco em Mariana, em 5 de novembro. A Justiça atendeu à solicitação. Não foram revelados os motivos do pedido..