O estouro da barragem da Samarco, em 5 de novembro de 2015, causou um prejuízo de R$ 23,2 milhões a quase duas centenas de produtores rurais de Mariana, Barra Longa, Rio Doce e Ponte Nova. A maior perda, que soma R$ 15,6 milhões e reúne 1.270,5 hectares, ocorreu em áreas usadas para pastagem, capineiras, plantações de cana-de-açúcar, grãos e horticultura.
O estudo foi divulgado ontem pela Emater-MG. “Os técnicos estão visitando e aplicando questionário (aos donos das propriedades rurais). É um levantamento para ter a ideia do prejuízo e que poderá subsidiar o Estado no caso de um plano de recuperação econômica dessas propriedades”, explica Amarildo Kalil, presidente da Emater-MG.
As perdas com as 216 construções afetadas somam R$ 5,2 milhões. O prejuízo com os 161 quilômetros de cercas danificados é de R$ 977 mil. Mais R$ 760 mil para os danos a 293 máquinas e equipamentos. Já com os 1.596 animais perdidos, sendo a maioria aves, outros R$ 651 mil.
A pesquisa apurou que 34 produtores atingidos têm financiamento de crédito rural (R$ 3,3 milhões). O levantamento da Emater começou em novembro. Até agora, os técnicos visitaram 95% das propriedades atingidas, onde moravam 295 pessoas.
A área rural de Barra Longa foi a mais afetada: 136 propriedades atingidas (prejuízo de R$ 15,3 milhões). Em seguida, Mariana (52 propriedades e perda de R$ 7,1 milhões). Em Rio Doce, três propriedades e perda de R$ 670 mil. Em Ponte Nova, quatro propriedades e prejuízo de R$ 71 mil.