O grupo religioso, segundo a PF, arrebanhava fiéis aproveitando-se da fragilidade das pessoas, que eram convencidas a doar seus bens para serem aceitas em uma espécie de “mundo paralelo”. O argumento usado era de que “tudo seria de todos”. Muitas vítimas ficavam confinadas em fazendas, dormindo em alojamentos coletivos, trabalhando em situação análoga à de escravidão, sem receber nada de salário, segundo mostraram as apurações.
Entre os indiciados estão “laranjas” e pessoas financiadas pela seita. No ano passado, a PF cumpriu 129 mandados judiciais em Minas. Bens da comunidade avaliados em R$ 100 milhões, como fazendas e veículos, foram bloqueados para que possa haver ressarcimento das pessoas que foram vítimas e também reconhecimento e pagamento de seus direitos trabalhistas. O inquérito da PF foi encaminhado ao Ministério Público Federal em Belo Horizonte, que decidirá se oferece denúncia a um juiz federal..