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Estado de Minas

Prefeitura força entrada em imóveis para eliminar focos do Aedes aegypti

Ação de combate aos criadores do mosquito começa na Região Centro-Sul, onde moradores já denunciaram situação de risco


postado em 17/02/2016 09:04 / atualizado em 17/02/2016 11:12

Agentes da prefeitura entram em área fechada em bairro na Região Centro-Sul de BH(foto: Guilherme Paranaíba/EM/D.A Press)
Agentes da prefeitura entram em área fechada em bairro na Região Centro-Sul de BH (foto: Guilherme Paranaíba/EM/D.A Press)
Técnicos da Defesa Civil municipal e do controle de zoonoses da Regional Centro-Sul da Prefeitura de Belo Horizonte deram início, na manhã desta quarta-feira, às vistorias forçadas em imóveis fechados da capital mineira. O objetivo da ação é eliminar focos do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, da febre chikungunya e do zika vírus.  Uma construção que já funcionou como casa noturna na Rua Padre Odorico, no Bairro São Pedro, foi o primeiro alvo da ação.

Segundo a coordenadora do serviço de Controle de Zoonoses da Centro-Sul, Luciana Rocha, há quatro anos a prefeitura tenta entrar no local para realizar a vistoria e fazer contato com o proprietário. Ela informou que o responsável pela área mora ao lado do imóvel e, mesmo assim, ele nunca atende à prefeitura nem autoriza a entrada dos fiscais. Somente em 2016, a PBH recebeu sete denúncias de moradores do bairro a respeito da situação do imóvel. Ainda segundo Luciana Rocha, quando chove a incidência de focos do mosquito da dengue aumenta no imóvel.

Mesmo com a ajuda de um chaveiro, os fiscais encontraram dificuldades para entrar na casa. Depois de muito esforço, os agentes da prefeitura finalmente conseguiram dar início à vistoria. Sete focos potenciais de reprodução do mosquito foram encontrados, sendo que em dois deles foi detectada a presença de várias larvas. Um estava no fogão, em um reservatório que parecia uma chapa. Já o outro resistia em meio a uma enorme quantidade de lixo sob o deck de madeira da parte externa. Era uma caixa de ferramentas largada que acumulava água.

DESAFIOS
O cenário de abandono e risco de infestação do Aedes encontrados no imóvel vistoriado sinaliza para um dos desafios da capital para o combate ao inseto. "Mostra a dificuldade que teremos nos imóveis abandonados. Isso mostra que será um trabalho árduo e não vai ser rápido, mas é um trabalho que precisa ser feito", observou o coronel Alexandre Lucas, coordenador da Defesa Civil de BH.

O coronel informou que atualmente há seis operações diferentes sendo realizadas em BH para eliminar os focos do mosquito. Um dos desses trabalho consiste na vistoria de imóveis abandonadas e aqueles de moradores ausentes, cuja entrada começou a ser feita hoje de maneira forçada. "A ação será feita em todas as regionais nos mesmos moldes de mutirão e pelo menos uma vez por semana em cada regional", acrescenta o coronel.

No primeiro caso, a prefeitura não precisa de autorização nem aviso prévio para entrar. Já na segunda situação, a administração tem que ir pelo menos duas vezes ao local em um intervalo de 10 dias e em horários diferentes. Além disso, é preciso deixar uma notificação na caixa de correio. Somente após essas medidas, os agentes podem entrar no imóvel com o auxílio de um chaveiro, conforme ponderou o coronel.

Com a edição da Medida Provisória 712 pelo Governo Federal,  que prevê a entrada forçada de agentes de saúde em imóveis abandonados, a prefeitura teve que refazer o mapeamento desses locais. Antes da publicação do texto, a administração listava somente os imóveis onde os agentes não conseguiam acessar. O novo levantamento não tem data para ser concluído.
Um chaveiro ajudou nos trabalhados da prefeitura(foto: Edésio Ferreira/EM/D.A Press)
Um chaveiro ajudou nos trabalhados da prefeitura (foto: Edésio Ferreira/EM/D.A Press)


PERIGO
A capital mineira, que decretou situação de emergência no final do ano passado por causa da proliferação dos focos do mosquito Aedes aegypti, já tem duas mortes neste ano devido à dengue. O primeiro caso é de uma mulher de 47 anos, moradora da Região Noroeste da capital – onde está a maioria das notificações – que morreu em 13 de janeiro, em um hospital particular. Ela era mãe de um casal de gêmeos e vivia no Bairro Carlos Prates. A segunda vítima foi um homem de 31 anos, morador da Região Oeste, que morreu em 25 de janeiro, em um hospital público.


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